Correio Braziliense
postado em 11/02/2020 11:56
Assim como Democracia em vertigem, Indústria americana foi lançado diretamente no catálogo da Netflix. O serviço de streaming chegou ao Oscar 2020 com o maior número de indicações desde sua fundação. Eram 24 no total, divididas entre oito títulos. Porém, a empresa saiu da cerimônia com apenas duas estatuetas. A de melhor documentário (Indústria americana) e a de atriz coadjuvante (Laura Dern, de História de um casamento).
A plataforma tinha três indicados a melhor ator coadjuvante – Al Pacino e Joe Pesci, por O Irlandês, e Anthony Hopkins, por Dois papas –, mas a estatueta ficou com Brad Pitt, por Era uma vez em… Hollywood, lançado nos cinemas. Em roteiro original, a chance era com História de um casamento, mas o prêmio foi para Bong Joon Ho (Parasita). Em animação, o serviço emplacou Klaus, derrotado por Toy story 4. Nem com suas 10 indicações, O Irlandês, de Martin Scorsese, pôde evitar sair da cerimônia sem prêmio algum.
Embora tenha saído de mãos abanando da cerimônia, Martin Scorsese recebeu uma das mais tocantes homenagens da noite. Em seu discurso de agradecimento pelo Oscar de melhor diretor, o sul-coreano Bong Joon Ho afirmou: “Quando eu era jovem e estudava cinema, havia uma frase que gravei bem no fundo do meu coração: ‘Quanto mais pessoal, mais criativo’. Essa frase é do grande Martin Scorsese. Quando eu estava na escola, eu estudei os filmes dele”, afirmou, arrancando aplausos da plateia. O sul-coreano agradeceu também a Quentin Tarantino, outro de seus concorrentes nessa categoria: “Quando as pessoas nos Estados Unidos não conheciam meus filmes, Quentin sempre os colocava em sua lista (de favoritos). Ele está aqui. Muito obrigado. Quentin, eu te amo.”
No Globo de Ouro, no mês passado, a Netflix viveu situação semelhante. Tendo 17 indicações nas categorias cinematográficas, levou um único troféu – para Laura Dern, a advogada especialista em divórcios de História de um casamento.
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