Na noite desesperada, nasceu minha espera.
O passado feriu e libertou a imagem.
As mãos do amante passaram sobre o corpo
sem memória
e se perderam no infinito das paralelas
pela madrugada.
Escorre o sangue da noite reencontrando
o canto do náufrago
e os véus das virgens
adormeceram a cabeleira da medusa.
Maria Coeli,
do livro Liberdade é (ed. Maria Cobogó)