Correio Braziliense
postado em 08/02/2020 07:00
Purpurina, ok. Acessório, ok. Alegria, ok. Disposição, ok. Brota no carnaval para o desespero do seu ex! A folia começou para os brasilienses, ao som dos hits do verão ou dos clássicos de todas as estações. Neste fim de semana, diversos bloquinhos do pré-carnaval vão às ruas. Do funk ao rock, há espaço para todos os gostos.
A farmacêutica Gabriela Moreira da Silva, 24 anos, está com tudo preparado para curtir com os amigos. “Estou muito animada. Este ano, pretendo ir a, pelo menos, uns oito bloquinhos. O primeiro já está definido, que é o Vai com as Profanas (que sai neste sábado — 8/2), no Setor Comercial Sul, que tem ideias feministas que achei interessante”, afirma.
A empolgação é tanta que Gabriela começou os preparativos das fantasias assim que acabou o carnaval passado. “No ano passado, eu fui com a cara e a coragem. Foi minha primeira experiência e não sabia o que esperar. Coloquei um glitter no rosto e fui. Quando vi todo mundo fantasiado, eu quis fazer parte disso também”, relata. Para curtir a festa, ela criou quatro fantasias. “O bom do carnaval é que você pode ser quem você quiser. Diferentemente do dia a dia. O carnaval te permite fugir da realidade. E o mais interessante foi encontrar pessoas de diferentes estilos juntos para se divertir, dançar, cantar”, conta.
O estudante João Marco Monteiro, 24, afirma que o melhor da folia brasiliense é o pré-carnaval. Ele frequenta os blocos da cidade desde 2012. “Os bloquinhos de pré-carnaval costumam ser mais organizados e menos tumultuados”, avalia. “Confesso que, este ano, não estou muito animado, com a mesma pilha de antes. Mas com certeza eu devo ir a algum bloco”, ressalta.
Fevereiro começou com muita folia para o terapeuta Lucas Mendes, 23. Ele marcou presença no bloquinho Virgens da Asa Norte, na Orla da Ponte JK, que ocorreu no primeiro dia do mês. “Passo o ano inteiro aguardando o carnaval. Então, não quis esperar”, afirma ele, que pretende curtir ao máximo as agremiações da cidade, principalmente as mais alternativas. “Costumo escolher os blocos menores, com um público mais consciente e democrático. Assim, consigo aproveitar melhor”, expõe. Lucas acredita que o movimento cresceu muito no DF. “Aqui em Brasília tem tido uma aceitação muito boa de alguns anos para cá. E o que eu mais gosto de tudo isso é a experiência. Sempre levo boas recordações.”
Espaço para o rock
Em sua quarta edição, o bloco Eduardo e Mônica mostrou que é possível misturar o rock brasiliense com o batuque carnavalesco. A ideia surgiu a partir de um grupo de músicos que decidiram inovar. “Foi uma forma também de homenagear Brasília. Berço do rock, a gente leva para o carnaval músicas de bandas brasilienses com a batida da escola de samba”, explica Diogo Villar, o cantor e idealizador do bloquinho. Canções da Legião Urbana, do Capital Inicial, as eternizadas na voz de Cássia Eller, entre outras, ganham novo ritmo. “É um desafio que tem dado certo”, finaliza.
O bloco vai animar este fim de semana com duas edições: no sábado, voltado para o público infantil; e no domingo, para adultos. A folia ocorre no Estacionamento 4 do Parque da Cidade. Em 23 de fevereiro, o grupo marca presença no carnaval da Yurb, localizada ao lado do Pier 21, no Setor de Clubes Sul.
Programação*
Neste sábado (8/2)
» Desfile do Bloco Quem Chupou Vai Chupar Mais, a partir das 15h, no Museu da República
» Bloco Eduardo & Mônica infantil, a partir das 14h, no Estacionamento 4 do Parque da Cidade
» Suvaco da Asa, às 14h, na Funarte (Eixo Monumental)
» Vai com as Profanas, a partir das 11h, no Setor Comercial Sul
» Carnaval do Canteiro, a partir das 12h, no Canteiro Central do Setor Comercial Sul
» Samba da Guariba, a partir das 16h, na EQNN 18/20 Ceilândia Sul
Neste domingo (9/2)
» Bloco do Amor, a partir das 14h, na Via S2
» Bloco System Safadow, a partir das 11h, na 206 Norte
» Bloco Eduardo & Mônica, a partir das 15h, no Estacionamento 4 do Parque da Cidade
*Sujeita a alterações
Sem atrações nacionais
Depois de anunciar programação oficial de carnaval com a presença de atrações nacionais, como Arnaldo Antunes, Nação Zumbi e Preta Gil, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal informou que o modelo passará por uma reformulação. “Para o polo da Esplanada, confirmo que estamos estudando uma outra forma para ter uma programação voltada para os artistas locais”, afirmou o secretário, Bartolomeu Rodrigues. Em viagem para o Rio Grande do Norte com o governador Ibaneis Rocha, nesta sexta-feira (7/2), Rodrigues não esclareceu exatamente como se dará o redirecionamento. “Aquele modelo seria interessante se fosse totalmente financiado pela iniciativa privada”, pontuou. O gestor afirmou que as atrações nacionais não participarão mais da folia da capital e que vai se reunir com a equipe da pasta na segunda-feira para traçar a nova estratégia.
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