Correio Braziliense
postado em 04/02/2020 04:11
O sucesso de filmes depende de uma série de questões desde técnicas a pessoais. As atuações são focos e peças importantes para o funcionamento do filme. Por mais que os atores e atrizes protagonistas estejam na linha de frente para a fama, muitas vezes quem puxa os holofotes são os atores coadjuvantes.
As atrizes coadjuvantes da atual edição dos prêmios da Academia de Artes e Ciência Cinematográficas vivem papéis de mulheres fortes que, por vezes, colaboram com a atuação dos protagonistas, mas, em outras, exercem elas mesmas o protagonismo das próprias histórias e do filme. Confiram algumas favoritas ao Oscar.
Laura Dern
A favorita da categoria concorre pelo papel da advogada Nora Fanshaw do longa História de um casamento. A atriz venceu a maioria dos prêmios da temporada e chega à frente na disputa pela estatueta. O papel de uma advogada, que protege com unhas e dentes, vivido por Dern, desvela a importância do apoio durante um divórcio. Os discursos interpretados pela atriz dialogam com realidade de milhares de mulheres que passam pelo fim de um casamento e a emoção dada elevou a personagem no delicado longa de Noah Baumbach. A vitória é um grande reconhecimento, aos seus quase 40 anos de carreira. O prêmio da Academia também seria um presente de aniversário para a atriz, que completa 53 anos em 10 de fevereiro, um dia após a cerimônia. Além disso, seria o primeiro Oscar. A atriz já disputou outras duas vezes a estatueta; em 1992, por As noites de Rose e, em 2014, por Livre, mas não saiu vencedora.
Florence Pugh
A mais jovem concorrente da categoria, Florence Pugh, vive um ano de ouro. Coroada com sua primeira indicação ao Oscar, a atriz interpreta Amy no longa Adoráveis mulheres. A atriz imprimiu uma interpretação única a Amy no novo molde proposto por Greta Gerwig na adaptação do livro Mulherzinhas. Mesmo exercendo por vezes a vilã do filme, Pugh interpretou a personagem de forma a não ser apenas uma figura para o público odiar, humanizando-a nos momentos mais vilanescos de Amy. A intérprete teve o melhor ano da sua curta carreira, que começou em 2014, com o filme que a rendeu a indicação e o protagonismo no sucesso de terror Midsommar: O mal não espera a noite. Para finalizar, a atriz está ao lado de Scarlett Johansson, também concorrente à mesma categoria, no filme solo da heroína Viúva-Negra que estreia em abril de 2020.
Scarlett Johansson
Também estreante nos prêmios da Academia, Scarlett Johansson chegou com tudo e concorre a dois Oscars nesta edição. Na disputa em questão, Scarlett Johansson entra com o papel de Rosie, a mãe do protagonista de Jojo Rabbit. O papel de uma mãe que esconde em casa uma menina judia durante o Holocausto na sátira de Taika Waititi rendeu à atriz uma de sua duas indicações do ano; a outra ficou por conta do papel principal em História de um casamento, a personagem que traz o peso de ser adulta no filme que vê o nazismo no ponto de vista de crianças. Assim como Florence Pugh, Scarlett Johansson deu uma escalada na carreira no último ano, tendo participado do filme-evento Vingadores: Ultimato e tendo sido indicada duas vezes ao mesmo Oscar.
Margot Robbie
Já na galeria de queridinhas de Hollywood, Margot Robbie concorre ao Oscar pelo papel de Kayla Pospisil, no longa O escândalo. Essa é a segunda indicação da australiana que tem pouco mais de 10 anos de carreira. Num filme em que o protagonismo gira entre três personagens, a atriz vive uma jovem jornalista que quer de qualquer forma crescer na Fox News e acaba se envolvendo em uma relação abusiva com um dos líderes da emissora. O papel traz as consequências do assédio sexual e tem interpretação potente de Robbie em um tema delicado. Margot Robbie teve crescimento meteórico em Hollywood após a boa atuação de Naomi Lapaglia em O lobo de Wall Street. Na segunda disputa pela estatueta, a atriz também está na semana de estreia de Aves de Rapina: Arlequina e sua emancipação fantabulosa que vive a protagonista Arlequina.
Kathy Bates
Fechando a lista, a mais experiente da categoria, Kathy Bates, concorre à sua quarta estatueta pelo longa O caso Richard Jewell, em que vive Bobi Jewell, a mãe do protagonista. A interpretação da atriz é do desespero de uma mãe que vê o filho tornar-se réu em uma situação na qual era herói.A atriz é a única da categoria a ter ganhado uma estatueta, em 1991, pelo papel principal de Annie Wilkes em Louca Obsessão. Aos 71 anos, vai para a quarta disputa do prêmio, após ter sido surpresa na categoria por só ter concorrido previamente ao Globo de Ouro.
Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco
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