O astro do rock Ozzy Osbourne, 71 anos, revelou, na manhã de ontem, que foi diagnosticado com Parkinson no início do ano passado. Em entrevista ao programa Good Morning America, da rede americana ABC, o vocalista da banda Black Sabbath disse que conviver com a doença é “terrivelmente desafiador”.
Com fãs deduzindo que Ozzy estaria “morrendo” após ter sido hospitalizado em 2018 por causa de uma infecção e, meses depois, por uma pneumonia, Osbourne decidiu dividir com o público sobre a doença que enfrenta. “Não sou bom em manter segredos. Não posso mais conviver com isso! É como se eu não tivesse mais desculpas”, disse.
Osbourne confessou ainda que o Parkinson resulta em quedas constantes. Em fevereiro de 2019, o artista contou que caiu em casa e, por causa da gravidade do fato, passou por uma cirurgia complicada no pescoço e na coluna. Após o procedimento, Ozzy teve alguns nervos do corpo afetados, o que, consequentemente, causa dores extremas ao cantor.
Segundo a esposa do artista Sharon Osbourne, que também foi convidada pelo programa matinal americano,“existem diversos tipos diferentes de Parkinson. A doença não é uma sentença de morte”, mas é como “se você tivesse um dia bom, outro dia bom e um muito ruim”.
Ozzy, desde a descoberta da enfermidade, acrescentou à rotina atendimentos médicos contínuos, “porque eles cortaram meus nervos quando fizeram a cirurgia. É uma sensação estranha”, respondeu o astro a Robin Roberts, apresentador do Good Morning America.
Reaprendizados
Contudo, ainda que a complicação de saúde traga episódios difíceis à família, Kelly Osbourne, filha do cantor, disse que, por um lado, a doença fez com que todos da família reaprendessem uns sobre os outros. Mas, ainda assim, “é difícil lidar com o sofrimento de uma pessoa que amamos”, contou a jovem.
Mesmo que os Estados Unidos sejam referência em áreas da medicina, o casal Ozzy e Sharon optaram por dar continuidade no tratamento do Parkinson em outro país. Por isso, eles agendaram uma consulta para o líder do Black Sabbath na Suíça, no início de abril.
Tendo em vista o distúrbio neurodegenerativo, Ozzy Osbourne se ausentou dos palcos nos últimos dois anos. A última apresentação do rockeiro foi em fevereiro de 2018, na OzzFest, no The Forum, em Los Angeles. Contudo, ele assumiu no programa desta manhã que, se estiver com quadro de saúde estável, em maio deste ano, fará uma turnê pelos Estados Unidos.
Ozzy agradeceu, no fim da entrevista, aos fãs que o apoiaram desde o surgimento de dores pelo corpo e contou que, finalmente, pôde compreender o fato de que tem Parkinson e precisa se cuidar. “Mal posso esperar para ficar bom e voltar à estrada, é isso que está me matando. Eu preciso disso, essa é a minha droga.”
*Estagiária sob supervisão de Igor Silveira
» Disco novo vem aí
No fim do ano passado, Ozzy Osbourne deu uma boa notícia para os fãs. O roqueiro voltou aos estúdios para gravar o novo álbum Ordinary man, que deve ser lançado em fevereiro. Selecionou um time de primeira: o baixista Duff McKagan (Guns N’ Roses), o guitarrista Andrew Watt e o baterista Chad Smith (Red Hot Chilli Peppers). Já podem ser ouvidas nos serviços de streaming as músicas Under the graveyard, Straight to hell (como guitarrista Slash) e a faixa título (com Elton John). Na letra da música que dá nome ao álbum uma confissão: “A verdade é que eu não quero morrer como um homem ordinário”.