Há dois meses um nome, até então, desconhecido do público tomou conta das paradas mundiais. É o da cantora australiana Tones and I. A maior aparição da artista se dá graças ao hit Dance monkey. Apesar de ter sido lançado em maio do ano passado, foi na reta final de 2019 que a música conseguiu os melhores índices e conquistou o globo.
Sucesso na Austrália desde o lançamento — quando foi executada um milhão de vezes nos streamings e se tornou na música mais tocada nas rádios —, nos nove meses a música esteve no topo de 30 países. Desde a semana passada ocupa o Top 5 do Spotify Brasil, sendo a líder quando se trata de canções em língua inglesa no país; integra Top 10 de mais 27 localidades; está há dois meses no Top 200 Spotify Global; está em primeiro lugar no ranking Billboard Hot 100 Songwriters; e saltou para o 7º lugar na lista Billboard Hot 100.
Toda essa repercussão em torno de Dance monkey colocou a intérprete em evidência. Tones and I é um nome completamente novo no cenário da música. Nascida Toni Watson, a jovem de apenas 19 anos é natural da Península Mornington, região vinícola localizada nas proximidades de Melbourne, na Austrália. A relação com a música aconteceu na escola, quando aprendeu a tocar teclado e bateria. Com 16 anos, ela tinha um canal no YouTube em que postava covers musicais. Antes de lançar o primeiro single autoral, fazia shows e apresentações em festivais locais.
Cantora e compositora, ela se lançou no mundo da música em março de 2019, quando divulgou o single Johnny run away. O segundo trabalho da carreira foi o hit que a projetou: Dance monkey, faixa produzida e mixada por Konstantin Kersting, produtor musical. A partir daí, passou a lançar outros trabalhos, os singles Never see the rain e The kids are coming. Em agosto, divulgou o primeiro EP da carreira. Composto por seis músicas, o material reúne as quatro faixas lançadas, com duas inéditas, Coloublind e Jimmy.
Sucesso
Alguns fatores podem ser apontados para explicar o sucesso de Dance monkey. A faixa é uma mistura de tendências atuais. É um pop leve com uma batida dançante de música eletrônica. A voz “esganiçada” e hipnotizante da intérprete também é um diferencial.
E, tudo isso, foi algo que Tones and I buscou na canção. “Se não nos entretemos no primeiro minuto, apenas rolamos a página. Refleti muito sobre isso quando tocava nas ruas. Então escrevi essa canção sobre a pressão da performance ao vivo”, afirmou em entrevista à imprensa internacional sobre o que a motivou a escrever a canção. Atualmente, a artista se dedica ao EP, com o objetivo de se firmar no mercado, falando sobre sexualidade, emprego, vício em celular e temas voltados para a geração Z, dos nascidos entre 1994 e 2010.
No fim do mês, Tones and I aproveita a boa repercussão para arrecadar fundos para o próprio país, devastado por uma série de incêndios no início deste ano. No dia 28, ela promove um concerto beneficente em Melbourne. Toda a verba arrecadada com os ingressos será revertida para a Cruz Vermelha Australiana e para as corporações de bombeiros das regiões atingidas pelas queimadas. “A Austrália tem sido devastada nos últimos dias e é muito triste testemunhar isso. Não existe uma forma de minimizar o que se fala sobre isso, tem sido realmente apocalíptico. E como sempre, estamos nisso juntos”, declarou a cantora nas redes sociais quando anunciou o show, que deverá contar com outros artistas.
Dance monkey em números
» 12 horas foi o tempo que a música levou para aparecer no Top 100 da rádio Tripe J, na Austrália
» 7,4 milhões de streamings nas plataformas digitais na semana de lançamento
» 487 milhões visualizações do videoclipe da Dance monkey no YouTube