Renato Aragão, o eterno Didi Mocó, de Os Trapalhões, considerado um dos maiores humoristas da história da TV no Brasil, completa 85 anos de vida nesta segunda-feira, 13.
A reportagem conversou com o aniversariante, que, nos últimos anos, acabou se aproximando de parte de seus fãs e conquistando novos graças ao seu perfil no Instagram, que conta com 3,2 milhões de seguidores.
Nele, o humorista relembra momentos de sua carreira, conta piadas em pequenas esquetes e chama atenção com roupas extravagantes, que lhe renderam até mesmo um prêmio por seu estilo no Meus Prêmios Nick 2019. "Eu não aderi de imediato às redes sociais por falta de tempo", diz.
"Se na época dos Trapalhões tivesse internet, acredito que seria uma explosão, também. PoderÃamos ficar bem mais perto do nosso público. Antigamente, nos comunicávamos por carta, e o retorno era demorado Hoje é num clique", opina.
Humor
Renato Aragão acredita que não há, necessariamente, um perÃodo em que o humor brasileiro foi "mais engraçado". "Cada época tem a sua caracterÃstica, com diversos bons humoristas. Os que ficaram até hoje são em função de seu público, que ainda lhe permanece fiel".
Quando o assunto é passado, afirma que Oscarito, morto em 1970, e Chico Anysio, que morreu em 2013, são os nomes de humor que mais lhe fazem falta na TV atualmente.
Questionado sobre os destaques da atualidade, porém, Renato prefere não citar nomes "porque há muitos humoristas bons": "não quero ser injusto".
'Em movimento'
Participando de uma menor quantidade de gravações em relação a décadas anteriores, o humorista afirma que isso não indica que seu cotidiano esteja mais tranquilo. "Eu sempre estou em movimento. Minha mente está sempre em produção, sempre invento o que fazer. Em meu cotidiano não consigo mais ser calmo", garante. "Em breve teremos um novo filme", emendou, para alegria dos fãs.
Sua aparição mais recente no cinema foi em Os Saltimbancos Trapalhões - Rumo a Hollywood, lançado em 2017, em que contracena com Dedé Santana. O filme é inspirado no longa Os Saltimbancos Trapalhões, de 1981, ainda na época do quarteto com Mussum e Zacarias.