Elizabeth Wurtzel, que aos 27 anos publicou o aclamado "Nação Prozac", morreu em Nova York nesta terça-feira (07) aos 52 anos, de câncer, segundo informações dos jornais americanos The New York Times e The Washington Post.
Em 2015, Wurtzel foi diagnosticada com um câncer de mama e escreveu sobre a experiência para o The New York Times. Durante o processo, se submeteu a uma mastectomia dupla, mas faleceu em decorrência de uma metástase, como informou o seu marido, Jim Freed, ao Washington Post.
Publicada em 1994, a famosa obra-prima de Wurtzel gerou na época uma discussão nos Estados Unidos sobre a depressão e o medicamento Prozac, que havia sido prescrito para a escritora no tratamento.
Sincero e desinibido, o seu relato sobre os seus dias de estudante em Harvard, o uso de drogas, suas aventuras sexuais e questões de saúde mental que a acompanham desde a infância também mudaram a forma de se escrever memórias. A obra tornou Wurtzel uma celebridade.
Por considerar a autora narcisista e obcecada por si mesma, alguns críticos foram implacáveis com o livro. "É uma Sylvia Plath com o ego da Madonna", escreveu o crítico Ken Tucker, do The New York Times Book Review, em setembro de 1994.
No entanto, outros enxergaram na obra algo além.
"Às vezes angustiante, outras vezes cômico,'Nação Prozac' tem a franqueza dos textos de Joan Didion, o exibicionismo emocional irritante de Sylvia Plath em 'A Redoma de Vidro' e o humor sombrio de uma música de Bob Dylan", escreveu na época Michiko Kakutani, a famosa ex-escritora literária do New York Times.
Em 2001, a obra-prima de Wurtzel foi adaptada ao cinema, com a atriz Christina Ricci como protagonista.
Após 'Nação Prozac', autora continuou escrevendo livros e artigos para revistas.
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