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The Coasters, The Drifters, The Beach Boys, The Comets, the isso, the aquilo. Todos os The musicais surgidos a partir da metade da década de1950, na esteira do rock;n roll, já pararam. Virados muitos calendários, em tempos de revival, alguns até voltaram a se reunir, mas os seus flash back foram tão efêmeros que nem o vento os viu passar. Não dava mais, mesmo.!
The Coasters, The Drifters, The Beach Boys, The Comets, the isso, the aquilo. Todos os The musicais surgidos a partir da metade da década de1950, na esteira do rock;n roll, já pararam. Virados muitos calendários, em tempos de revival, alguns até voltaram a se reunir, mas os seus flash back foram tão efêmeros que nem o vento os viu passar. Não dava mais, mesmo.!
Isso só não valeu para o grupo instrumental/vocal Renato e Seus Blue Caps, que chega a seis décadas de estrada neste 2019. Quem pensa que os Rolling Stones são mais antigos, engana-se. Surgiram em 1962.
Ao longo desse tempo, a sua rapaziada liderou paradas de sucesso, deixando Roberto Carlos e The Beatles para trás, fez acompanhamento para os maiores nomes da música jovem brazuca e muito mais, inclusive lotar estádio de futebol, pela época da Jovem Guarda, entre 1965 a 1968. Por isso tudo e muito mais, Renato Barros, guitarrista e cantor nos Blue Caps, quer ver o nome da banda incluído no Guiness Book, o livro dos recordes. A documentação está sendo providenciada, e contatos estão sendo mantidos com os editores da publicação.
A turma da hora, garotada com menos de 30 e que curte os ritmos pós-modernos desses agitados tempos, não sabe, ou até nunca ouvi falar dessa rapaziada que mandou embalos nas jovens tardes de domingo. Mas seus pais sabem que Renato e Seus Blue Caps foram dos principais responsáveis pelo reinado pop de Roberto Carlos. Até então o chamado ;Rei; só havia gravado discos sem repercussão nenhuma, com vendagens que, malmente, pagavam um pastel e um caldo de cana. O LP que gravara repleto de bolerões de décadas anteriores a 1960, por exemplo, foi um terror para os ouvidos da juventude. Roberto era acompanhado pelos melhores músicos do Rio de Janeiro, mas não era aquele som que queria. Queria, sim, o das guitarras dos rapazes do bairro carioca da Piedade.
Versão famosas
Numa das muitas manhãs daqueles fervilhantes inícios dos sixty cariocas, a gravadora CBS atendeu ao Roberto e escalou Renato e Seus Blue Caps para gravar com ele uma música que Erasmo Carlos havia chutado a versão, sem nenhuma noção do que diziam os versos cantados pelo norte-americano Bobby Darin. Erasmo, que havia sido cantor dos Blue Caps, passou a letra e Renato ficou de fazer um arranjo moderninho. E fez. Mas tão moderninho que inventou até as nunca ouvidas firulas de guitarra em corpo da música. Resultado: o faz-tudo da comunicação radiofônica e televisiva carioca Carlos Imperial não precisou mais pedir aos brotos para telefonar às rádios solicitando músicas do seu protegido Roberto. Simplesmente, Splish, Splash, a gravação, estourou. Passou a ser supertocada pelas rádios e era só o que tocava nas chamativas radiolas das lojas de disco do Rio de Janeiro. E Roberto, com aquilo, pode mandar pro inferno todas as bolas fora do passado, quando acordava às quatro da manhã e corria atrás de disck-jockey, implorando para levar ao ar uma música cantada por ele.
Os principais sucessos da música jovem da década-1960 tiveram os dedos de Renato e seus Blue Caps, casos ; citando poucos ; de Festa de arromba, que arrombou as paradas de sucesso, com Erasmo; O bom, com Eduardo Araújo, e Prova de fogo, com Wanderléa. Por sinal, durante a gravação desta, aconteceu algo inusitado. A válvula de uma caixa de som da banda foi aquecendo e mudando o som da máquina de Renato. Ninguém entendia nada. Mas, como agradava, levou-se o diferente até o final da sessão. Era a primeira vez que uma guitarra trocava com distorção no país.
Renato e Seus Blue Caps foram batizados com tal nome pelo radialista Jair de Taumaturgo, que produzia o programa Hoje é Dia de Rock, da carioca Rádio Mayrink Veiga. Quando Renato foi inscrever a turma no programa, pensou em se apresentarem como Bacaninhas do Rock da Piedade. Jair achou alquilo horroroso, perguntou pelo nome dele e, ao ouvi-lo, lembrou-se de Gene Vincent and his Blue Caps e sugeriu Renato e Seus Blue Caps, nome que há 60 temporadas ainda emociona durante os shows-bailes pelo Brasil afora. Principalmente, quando é relembrado Menina Linda ; a versão beatlemaníaca de I should have known better, que, em 1965, tomou a ponta das paradas de sucesso.