Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

8ª noite do Festival de Brasília teve filmes com cunho social e político

Antes da exibição, diretores fizeram fortes críticas ao governo; cena se repetiu ao longo da semana

[FOTO1]Como de costume durante os 52 Festivais de Brasília do Cinema Brasileiro, as críticas ao governo vigente se fizeram presente. Os diretores dos filmes da Mostra Competitiva subiram ao palco para apresentar os filmes com gritos de "Fora Bolsonaro" da plateia e reproduções de frases de defesa ao cinema nacional.

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Diretor do filme Amor aos vinte anos, Felipe Poroger fez um discurso inflamado. "É lamentável que a gente esteja sendo desgovernado por um monte de bossais que estão tão perto daqui, mas ao mesmo tempo tão longe de um espaço de civilidade que é o cinema, que é a cultura. Eles não fazem a menor ideia do que é."
Guto BR, diretor do filme Sangro, lembrou da importância de defesa do cinema. "Este filme foi produzido com o extinto edital de ações LGBT. Saiu na hora certa. Se fosse neste ano, não conseguiríamos produzir. Mas os atuantes da cultura do país, juntos, conseguem reverberar uma mudança nessa situação."

Os filmes

O curta-metragem Sangro (Tiago Minamisawa e Guto BR) é uma animação que traz como foco as doenças sexualmente transmissíveis. "Espero que com o filme a gente possa começar a falar desse assunto de uma forma mais aberta, sem preconceito e sem estigmas", ressaltou Tiago, antes da exibição. O filme arrancou aplausos do público.

O curta Amor aos vinte anos (Felipe Poroger e Tito Loureiro) conta uma história de um casal que é separado por uma viagem. Com imagens em preto e branco, o filme trouxe reflexões sobre as dificuldades da vida de um jovem adulto.

O longa da noite, Volume morto de Kauê Telloli, apresentou uma investigação da professora Thamara (Fernanda Vascocellos) sobre um comportamento anormal de um aluno. A reação do público foi variada, as lacunas deixadas pelo filme tiveram da empolgação a confusão como reação da plateia. No fim, o filme foi aplaudido por todos que estavam na sala.

*Estagiários sob a supervisão de Ronayre Nunes