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Um dos grupos instrumentais mais celebrados da música brasileira, o Quinteto Villa-Lobos tem entre os seus integrantes o clarinetista Paulo Sérgio Santos. A ligação dele com a obra do maestro e compositor carioca vem de muito tempo. Seus primeiros estudos, ainda na adolescência, ; tendo como mestre José Botelho ; foram no instituto que leva o nome do criador das Bachianas.
Músico que já atuou na Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Camerata Carioca, entre outros grupos, foi no Quinteto Villa-Lobos que deu início à carreira profissional em 1975, e no qual permanece até hoje, sempre com muito brilhantismo.
Paulo Sérgio desenvolveu também carreira internacional, tocando em vários países da América do Sul, Estados Unidos, Europa, África e Japão. Como solista, conquistou alguns prêmios, entre eles o relativo ao CD Segura ele. Outra premiação foi pelo álbum Gargalhada, lançado pelo trio que formou com o filho e violonista Caio Márcio e o percussionista Bolão.
O clarinetista é um dos recordistas de presença em projetos do Clube do Choro de Brasília, com 15 participações. ;Agora, estou de volta para, ao lado do grupo Choro Livre, homenagear Jacob do Bandolim;, anuncia. No show, nesta quinta (21/11) e secta (22/11), às 21h, o público vai ouvi-los na interpretação de clássicos da obra do compositor como Doce de côco, Ginga do Mané, Noites cariocas e Vibrações. ;Mas devo tocar também peças do legado de Villa-Lobos;, destaca.
Formação erudita
Embora tenha se tornado conhecido como um virtuoso instrumentista popular, Paulo Sérgio, originalmente, recebeu formação erudita, que lhe permitiu integrar a Orquestra do Theatro Municipal e grupos de câmara. Isso o levou a ser professor de clarineta e saxofone (outro instrumento que domina com perfeição) na Uni-Rio, além de ministrar oficinas em diversas cidades brasileiras.
Ao longo de sua trajetória artística, Paulo Sérgio tem trabalhado com músicos brasileiros da importância de Antônio Carrasqueira, Egberto Gismonti, Jaques Morelembaum, Raphael Rabello, Maurício Carrilho, Marco Suzano e Tuti Moreno. Ele lembra que outro grande encontro artístico que teve foi com o compositor e violonista Guinga. ;Fui apresentado ao Guinga pelo Raphael Rabello, que era meu parceiro. Com o Guinga participei de espetáculos inesquecíveis no Brasil e no exterior, inclusive um concerto com a Orquestra Filarmônica de Los Angeles, no Disney Hall;, lembra.
Nos shows de hoje e amanhã no Espaço Cultural do Choro, Paulo Sérgio volta a ter a companhia do grupo brasiliense Choro Livre, formado por Fernando César (violão 7 cordas), George Costa (violão 6 cordas), Márcio Marinho (cavaquinho) e Valério Xavier (pandeiro). ;Trata-se de um conjunto formado por jovens e excelentes instrumentistas, com bagagem internacional;, elogia. ;Certamente, vamos proporcionar aos espectadores momentos de grande beleza musical;, afirma convicto.
Palestra
Nesta quinta (21/11), às 17h, na Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello (anexa ao Clube do Choro), o clarinetista fará uma palestra ; com entrada gratuita ;, quando falará sobre sua trajetória artística, o estilo que o consagrou e as características do instrumento do qual é um dos expoentes.
Paulo Sérgio Santos e Choro Livre
Show nesta quinta (21/11) e sexta (22/11), às 21h, no Espaço Cultural do Choro (Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães). Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia para estudante). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3224-0599.