Gilberto Gil encantou as três mil pessoas que lotaram o auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães na noite deste sábado (12/10), com o show ;Ok ok ok;. Dos oito músicos que o acompanham em turnê, três são filhos: o guitarrista Bem, o baterista José e a backing vocal Nara.
A apresentação teve momentos distintos. Inicialmente, o artista baiano interpretou canções do álbum homônimo, como Sereno, Prece e Sol de Maria e a que dá título ao show. A obra mais recente de Gil foi interpretada em um clima reflexivo: o disco ;Ok ok ok; foi lançado após o cantor superar problemas de saúde. A canção Kalil é, inclusive, uma homenagem ao médico que cuidou do artista.
Mesmo sem conhecer bem esse repertório composto por músicas mais recentes, os espectadores foram sempre receptivos e aplaudiram Gil ao término de cada número.
A segunda parte do show, iniciada com Tocarte, foi mais dançante. Depois vieram Pro dia nascer feliz, de Cazuza e Frejat; Marginália II, que remete ao movimento tropicalista; Que bloco é esse, do Ilê Ayê; e Nossa gente (avisa lá), do Olodum. Nesse momento, Gil falou da importância dos blocos afro: "Esses dois blocos contribuíram decisivamente para a afirmação do movimento negro na Bahia".
Ao voltar para o bis, em que cantou Extra e Maracatu atômico, Gil tinha à sua frente boa parte do público, que fez coro com ele. Um militante do PT, Ademário Nogueira, subiu ao palco com uma faixa ;Lula Livre; e abraçou Gilberto Gil. Rapidamente, Gil disse: "Tenho muito respeito pelo ex-presidente, que em breve estará solto".
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