De volta à cidade e ao Espaço Cultural do Choro, Nucci se apresenta neste sábado (14/9), às 21h, tendo como convidados cantora carioca Dri Gonçalves e o grupo Gente de Casa, liderado por Flávio Batichotte. Desta vez, ele faz o show Acentos brasileiros, tendo por base seu novo disco, intitulado Integridade, que traz músicas como Certeza, Desafio, Rio de março e Sentimento, além da faixa-título.
[SAIBAMAIS]Em destaque no roteiro estão canções que se tornaram marcantes na trajetória do cantor, entre as quais as feitas em parceria com Mu Carvalho e Paulinho Tapajós (Sapato velho), Mauro Assumpção (Quero quero), Luiz Fernando Gonçalves (Velho companheiro) e, claro, Toada, primeiro sucesso do Boca Livre, que compôs a com Zé Renato e Juca Filho.
Tomando como referência o Boca Livre, você celebra em 2019 quatro décadas de carreira. Que avaliação você faz desse período?
Um período onde se confirmaram as minhas preferências musicais. Na verdade, eu gosto de ouvir de tudo o que for feito com paixão, entrega, verdade.
Qual foi a importância do Boca Livre em sua trajetória artística?
Total. Sempre gostei de abrir vozes. Coisa de paulista do interior, sabe aquela tercinha que pede para ser colocada? Então, o Boca Livre me proporcionou isso e muito mais do que eu imaginaria. Um fenômeno de empatia de nossas canções com o público, uma imagem nova para a época, bacana de se aderir na época.
Que representatividade tem em seu trabalho a canção Toada, que você compôs com Zé Renato e Juca Filho?
Foi uma sorte participar de uma música dessa! Ainda mais com parceiros como o Zé Renato e o Juca. Adoro cantar Toada, essa canção é deliciosa.
Que outras músicas você destaca em sua obra?
Sapato Velho, parceria com o Mú Carvalho, com a letra do Paulinho Tapajós, um craque! Foi minha primeira música gravada, inicialmente pelo Quarteto em Cy. Depois, pelo Roupa Nova. Hoje, é um clássico. Mas há outras igualmente importantes, como Acontecência e Velho companheiro.
Como avalia a experiência com a Banda Zill?
Uma potência de talentos da mesma geração, em várias competências musicais; Jurim, João Baptista, Zé Nogueira, Marcos Ariel, Ricardo Silveira e Zé Renato
Ter música gravada por Nana Caymmi pode ser visto como um aval para você?
Não só para mim, mas pra qualquer compositor. Ela é muito exigente com o repertório!
Gravar o álbum Ao mestre com carinho em homenagem a Dorival Caymmi marcou sua carreira?
Sim, demais. O melhor presente foi receber um telefonema da Dona Stella e do Dorival Caymmi, me agradecendo pelo novo ;disco de cabeceira; deles em 2004. Fiquei tão emocionado!
O show que traz a Brasília, para apresentação no Clube do Choro, é um mix do que tem feito ao longo dos anos?
É um show que celebra a grande riqueza de ritmos, melodias e harmonias da música brasileira. Dri Gonçalves me apoia tremendamente na voz, o que me dá espaço pra abrir vocais, matar um pouco a saudade dos tempos de Boca Livre. Tem samba novo, calango antigo, valsa, balada, boas histórias das músicas, igual as que o Ruy Godinho costuma contar em seus livros.