postado em 28/08/2019 04:08
Dedicado a ;todas as mulheres do mundo;, quando do agradecimento do diretor Karim A;nouz na premiação na seção Um Certo Olhar do Festival de Cannes (em maio passado), o longa A vida invisível de Eurídice Gusmão foi escolhido como representante brasileiro escalado para tentar vaga no Oscar de melhor filme de língua internacional (antiga categoria de filme estrangeiro).
Criado num Nordeste ;profundamente machista; dos anos de 1950 e 1960, o cearense Karim conduziu o filme cotado (ao lado do derrotado Bacurau) para disputar a vaga no Oscar 2020. A decisão de pré-indicar o longa foi tomada depois da reunião de 11 profissionais da área do audiovisual, em acordo com convocação feita pela Academia Brasileira de Cinema.
Baseado em livro de Martha Batalha, o longa de Karim A;nouz trata da separação forçada entre duas irmãs extremamente ligadas. Com lançamento previsto para novembro, o longa traz as estreias em cinema das atrizes Carol Duarte e Julia Stockler. Uma dona de casa e a sumida irmã dela norteiam a trama. Fernanda Montenegro vive a personagem central, em idade mais avançada. Outros 11 títulos nacionais disputavam a vaga.
Formado em arquitetura pela Universidade de Brasília (UnB), Karim A;nouz (de sucessos como Madame Satã, O céu de Suely e Praia do Futuro) defende um ;melodrama tropical;. Se emplacar na vaga para o Oscar, com o qual disputará com mais de 90 países, por uma das cinco vagas reservadas para filme de língua internacional, A vida invisível trará a segunda participação de Fernanda Montenegro na festa, mais de 20 anos depois de ser vista em Central do Brasil. A definição dos finalistas para o Oscar, com votação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, se dará em 13 de janeiro de 2020. A festa do Oscar será em 9 de fevereiro.