Diversão e Arte

Queen Extravaganza passa pela capital federal com show em setembro

O cantor Alírio Netto roda o Brasil com a banda que celebra o repertório emblemático do grupo britânico

Adriana Izel
postado em 12/08/2019 08:21
Com passagem por Brasília, Alírio Netto já fez mais de 100 shows do projeto pelos Estados Unidos, Canadá, Europa e Brasil


Integrar dois projetos que envolvam o Queen é algo raro, mas está no currículo do cantor brasileiro Alírio Netto. Em 2016, o artista foi selecionado para ser o protagonista do musical We will rock you, onde vivia Galileo. A experiência o preparou para outro convite: o de integrar a banda Queen Extravaganza, que roda o mundo celebrando e mantendo vivo o repertório do grupo britânico. ;Eles já me conheciam do espetáculo. Então quando eles precisaram de um outro vocalista para o Queen Extravaganza foi meio que natural pensarem no meu nome;, revela Alírio Netto.

O convite inicial veio em um e-mail escrito por Jim Beach, empresário do Queen, e depois oficializado ao vivo. ;Eu estava na Europa na época indo para um show do Queen. Eu já estava na lista do Brian May (guitarrista do Queen). Lá, fizeram o convite para eu integrar a banda. Foram me oferecendo turnês e virou essa história maluca;, lembra o cantor. A partir daí, Alírio assumiu os vocais do grupo ao lado de uma banda formada por Darren Reeves (teclado e diretor musical), François-Olivier Doyon (baixo), Marco Briatore (baterista) e Nick Radcliffe (guitarra).

Antes de assumir o compromisso de shows, Alírio fez uma preparação bastante imersiva e intensa de dois meses, que, segundo ele, era ;para que pudesse chegar da maneira que a banda precisasse;, isso, porque a maioria dos músicos estava há mais tempo com o Queen Extravaganza. ;Volto a dizer que, como eles já tinham me conhecido e sabiam exatamente do que se tratava, essa transição (do formato do musical para o de show) ficou mais fácil de ser feito. A preparação é diferente sim, porque eu tinha que dançar no espetáculo, coisa que eu não tenho que fazer agora. O repertório é maior. São mais músicas. Tem a parte do piano, que eu tenho que tocar também. Tem o violão em algumas músicas. É uma preparação muito de atleta e de aprender os arranjos, que eram um pouco diferentes;, afirma.

Desde quando entrou no grupo, o brasileiro já fez mais de 100 shows. A primeira turnê que ele integrou passou pelos Estados Unidos e pelo Canadá. Depois, ele foi para a Europa até chegar ao Brasil. Essa será a segunda vez que a banda se apresenta no Brasil. Os shows estão marcados para setembro, com início em São Paulo (12) depois seguindo por Belo Horizonte (13), Rio de Janeiro (14), Vitória (15) e Brasília, que ficará responsável pelo encerramento em 17 de setembro, no Cento de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental). ;É emocionante, de verdade. Sem medo de ser piegas. Fiquei muito emocionado quando viemos pela primeira vez tocar no Brasil. Não imaginei que isso pudesse acontecer, mas o fato de eu ser brasileiro ajudou a trazer a apresentação para cá;, analisa.

De fã à vocalista

Admirador do Queen desde a juventude, Alírio Netto conta que nunca imaginou vivenciar algo parecido na carreira. ;Parece um conto de fadas. Os meus ídolos são os meus chefes hoje, os caras que eu vi e ouvi e que estavam na capa dos meus discos... Eles vão em alguns shows. Tudo isso faz com que a gente tenha uma união. O Queen tem três projetos diferentes, é grande família;, compartilha.

Sobre uma possível pressão de fazer o papel no palco que já foi de Freddie Mercury, ele diz que buscou levar a sua identidade, em vez de simplesmente imitar. ;Eles me escolheram exatamente por eu não imitá-lo. Isso, inclusive, é uma coisa que eles odeiam. Acho que me encaixei bem por conta disso e acho que foi uma coisa importante para agradá-los;, completa.

No show, Alírio e o Queen Extravaganza fazem um passeio pelos principais hits do grupo. ;Todas aquelas músicas que emocionam gerações, estarão nessa nova turnê. Vamos tocar o que tocamos na primeira turnê e mais coisas que a gente não tocou;, adianta. Para ele, o Queen está entre as bandas mundiais mais atemporais da história. ;O que eu vejo, a música do Queen é atemporal, então ela fala com muitas gerações. Você tem uma geração de gente muito mais velha que se emociona com Bohemian rhapsody da mesma maneira que hoje um menino de 15 anos se emociona. O Queen tem essa função de te levar a vários lugares ao mesmo tempo. É uma música muito convidativa;, diz. E ainda completa: ;Para fazer uma obra atemporal você tem que criar uma intimidade com a música;.

Paralelamente ao projeto, Alírio Netto também tem tocado a própria carreira. Está previsto para setembro o lançamento de um documentário em que marca os 25 anos de trajetória musical. O material foi gravado no ano passado em São Paulo, com participação de artistas como Marcelo Barbosa, do Angra e com quem ele teve a banda Khallice, na época em que morava em Brasília. ;Ele vai contar quase todas as fases da minha carreira. É um trabalho muito bonito. Tem até uma música da época do Khallice, banda que tive junto com o Marcelo Barbosa;, acrescenta.

;Parece um conto de fadas. Os meus ídolos são os meus chefes hoje, os caras que eu vi e ouvi e que estavam na capa dos meus discos;

Queen Extravaganza
Cento de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental). Em 17 de setembro (terça-feira), às 21h. Os ingressos variam entre R$ 150 e R$ 540. À venda em www.ingressorapido.com.br. Verifique a classificação indicativa.

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