Pedro Cardoso tem mais de 30 anos de carreira. O ator afirma que não aguenta mais ser lembrado como Agostinho Carrara de A grande família, da Rede Globo. Além disso, ele assimila o conceito central do marxismo, a mais-valia, que prevê o empregador com maior parte do valor gerado pela força de trabalho, à carreira na emissora.
"Você vai falar de mais-valia? E mais-valia te deixou rico de que jeito?" questiona o apresentador, Marcelo Tas. "Não me deixou rico. Quem ficou rico com o Agostinho foi a Rede Globo. A Rede Globo, que é o capitalista naquele negócio e que tem possibilidade de ficar rico. Eu tenho 57 anos e eu não tenho uma economia que me possibilite não trabalhar", ressaltou o artista.
Pedro explicou ainda o que pensa sobre a situação política atual, no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), e criticou o que, em sua visão, é o conceito de fascismo. ;Deus acima de tudo é o lema do fascismo vigente no Brasil;.
"Aí eu li lá um pensador que diz que a intolerância não pode ser tolerada porque ela nega o próprio fundamento da convivência. Então a intolerância... A pessoa que acha que o pensamento dela dá a ela o direito de se impor ao outro... Como agora: ;Deus acima de tudo;, que é o lema do fascismo vigente no Brasil... Como Deus pode estar acima de mim, que não creio em Deus? Como alguém pode dizer pra mim que o Deus dele está acima de mim? Porque quando uma pessoa diz ;Deus acima de tudo; é o Deus da pessoa. Não é o Deus de qualquer um. Na história da humanidade, você sabe que todo mundo que fala em Deus está escondendo a sua vontade de ascensão social e de ganhar dinheiro", completa.
Na entrevista, Pedro Cardoso também apresentou seu livro Pedro Cardoso Eu # Mesmo, em busca de um diálogo contra o fascismo brasileiro, composto por uma série de textos publicados em seu perfil pessoal do Instagram.
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* Estagiária sob a supervisão de Vinicius Nader