A Referência Galeria, na Asa Norte, dá sequência ao projeto de apresentar ao público a produção de artistas jovens e de novos artistas com as mostras Caminho para Lua, de Pedro Gandra, e Imagens de um rio que não me pertencia, do fotógrafo Márcio Borsoi. A primeira leva o espectador a percorrer a narrativa ficcional do pintor. Já a série fotográfica é um passeio pela vida da comunidade ribeirinha de Manaus.
No Boulevard Shopping, a exposição Relíquias do Mundo reúne um acervo de mais de 100 itens que contam a história da humanidade por meio da astronomia, da música, do esporte e do cinema. Confira!
Relíquias do mundo
; Visitação até 31 de agosto, de quarta a sábado, das 13h às 22h, domingos e feriados, das 13h às 20h, no 2; piso do Boulevard Shopping Brasília (STN, Conjunto J, Asa Norte, Brasília ; DF). Valores: Quarta, quinta e sexta: R$ 15 (meia-entrada); R$ 30 (inteira); sábado e domingo: R$ 20 (meia), R$ 40 (inteira) . Entre os itens da exposição Relíquias do Mundo estão os autografados por David Prowse, que deu vida a Darth Vader
Um baú de lembranças dos grandes acontecimentos da música, do cinema, do esporte e do espaço. Assim poderia ser a descrição da exposição Relíquias do Mundo, em cartaz no Boulevard Shopping. Com um acervo de mais de 100 itens originais, a mostra guia o público por uma espécie de túnel do tempo, indo do sucesso pop dos ingleses Beatles, passando pela rivalidade futebolística entre Brasil e Argentina e chegando ao Muro de Berlim.
Relíquias do Mundo oferece um álbum de objetos que representa a história da humanidade dividida por capítulos, como astronomia, música, esportes, política e cinema. Em uma única visita, é possível ver um pedaço da nave Apollo 11, que levou o homem à Lua; meteoritos com 14 bilhões de anos; uma guitarra autografada por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Ringo Starr; um violão autografado pelo rei Elvis Presley; o violão que esteve no palco do Festival Woodstock autografado por Jimi Hendrix, Joe Cocker e muitos outros músicos. A lista não para por aí. A mostra traz o capacete, a capa e o sabre de luz autografados por David Prowse que deu vida a Darth Vader, no clássico Star Wars; o escudo usado pelo Capitão América e camisas autografadas por Pelé e Maradona.
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Imagens de um rio que não me pertencia
; Do fotógrafo Márcio Borsoi. Abertura sábado e visitação até 31 de agosto, de segunda a sexta, das 12h às 19h, e sábado, das 10h às 15h, na Sala Acervo da Referência Galeria de Arte (202 Norte, Bloco B, Loja 11 ;Subsolo)
O encontro com o amor despertou no fotógrafo Márcio Borsoi um outro olhar para Manaus. Urbano e minimalista, ele se aventurou em um lugar quase desconhecido, no qual não tinha vontade de voltar, mas que o encantou de alguma forma. Ali, ao observar a vida ribeirinha, construiu o que chama de ;uma crônica visual afetiva;.
A partir de sábado, 20 fotografias e cinco painéis formam a exposição Imagens de um rio que não me pertencia, resultado da pesquisa visual de Márcio no cotidiano e nas lendas das populações ribeirinhas de Manaus. ;O rio é a rua delas, e isso me tocou muito;, comenta o fotógrafo. Nos trabalhos, ele revela detalhes que lhe captaram a atenção e como os períodos de cheia e vazante do rio impõem diferenças. Amante da fotografia desde a década de 1970 e acostumado a fotografar as linhas arquitetônicas de Brasília, Márcio revela que o Amazonas manifesta vivacidade, alma e sentimento.
Caminho para Lua
; Do artista Pedro Gandra com curadoria de Marília Panitz. Abertura sábado e visitação até 31 de agosto, de segunda a sexta, das 12h às 19h, e sábado, das 10h às 15h, na Sala Principal da Referência Galeria de Arte (202 Norte, Bloco B, Loja 11 ;Subsolo)
Caminho para Lua é a primeira exposição individual do artista Pedro Gandra. Nela, o jovem de 24 anos apresenta um recorte dos trabalhos que produziu entre os anos 2018 e 2019 sob o olhar curatorial de Marília Panitz. A tinta acrílica, usada pelo pintor nas telas, parece fluir e escorregar para compor cenários, em sua maioria, noturnos, invocando a solidão e a tensão narrativa entre a paisagem-cenário e os personagens que nela habitam.
;Os trabalhos foram se encontrando e se avizinhando sem que eu determinasse. A paisagem noturna aconteceu naturalmente. Senti que a tensão narrativa ia para o lugar mais forte, que antes não ia atingir. Esse olhar noturno revela certas imagens que a paisagem aberta não revelaria, o mistério consegue ter espaço maior;, comenta o artista. Entre as muitas influências, Pedro destaca os negativos de vidro do fotógrafo Chichico Alkmin.
Não só do fotógrafo, mas a influência da literatura e do cinema na obra de Pedro é uma constante. Guignard, Esopo, La Fontaine, Georges Méli;s e H. J. Wells, Win Wenders, Leonilson, Vania Mignone, Marcelo Solá surgem em um diálogo que aborda todas as linguagens e formas narrativas. Para a curadora Marília, a pintura do jovem artista transparece seu gosto por livros de ficção, dos clássicos aos contemporâneos.