Cada um dos exemplares custa R$ 50, caso queira comprar ambos os títulos, haverá um desconto de 20%. Aproveitando o embalo do lançamento, o público também irá gozar da apresentação de Bossa, Sonho e Corpo de criança, composições do maestro Ricardo Calderoni, criadas para os poemas homônimos de Alcoforado.
Espontâneos, os textos do poeta não passam por revisão. ;Eles vem em um só fôlego, são ideias que aparecem em momentos que me dominam completamente. Qualquer espaço há uma introjeção desses meus sentimentos;, revela o Alcoforado que utiliza guardanapos, folhas quaisquer, computador e o próprio celular para registrar o que veio a mente.
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;Minha estrutura sentimental é voltada a questão do tempo, ele é um diabólico personagem das vidas humanas, é um mefisto;, conta o advogado. Ele casa o Relógio do tempo com Incompletude pois o tempo deixa uma sensação de falta de completar a obra. ;O tempo é um senhor muito extravagante, ele não dialoga com você. Ele passa e você fica. E a incompletude é que tudo na vida é incompleta no homem;.
A paixão do advogado pela poesia e literatura vem desde a adolescência, e o ajudou se construir como o ser poético que hoje é. "Existe um lado poeta em toda pessoa, um sentimento de construção afetiva, sentimental", aponta o poeta.
Para o advogado o mundo jurídico está muito árido, falta poesia, literatura, artes. ;O direito está muito pragmático. As escolas estão formando cada vez mais pessoas que não tem nenhuma dedicação na literatura, na poesia. Existe um excesso de pragmatismo na formação desses jovens e isso se projeta na vida profissional deles no futuro. Veem a literatura, poesia como adversários, como coisas chatar. Ta aí a dificuldade de escrever e falar bem;, finaliza.
Serviço
Lançamento dos livros Incompletude e Relógio do tempo, de Luis Carlos Alcoforado
Espaço Cult (208/209 Norte). Sábado (25/5), às 10h30. Livros por R$ 50 cada exemplar, na compra dos dois, desconto de 20%. Classificação indicativa livre.
Passa tudo
"Para que buscar o tudo,
Se amanhã é nada.
Passa tudo para o nada,
Nada fica nada.
Tudo morre
Nem a lembrança resiste.
E, sem lembrança, não há mais nada.
Lago Sul, 16/12/14
21 horas."
Poema retirado de Incompletude.