O documentário Maria Luiza, do diretor Marcelo Díaz, participará do Festival Internacional de Documentários É tudo verdade, com exibições exclusivas no Rio de Janeiro. A trama conta a história real de Maria Luiza, primeira e única mulher trans das forças armadas brasileiras.
O diretor do projeto conheceu a história da personagem depois de uma reportagem do Correio Braziliense. As gravações foram realizadas durante dois anos de encontros com Maria. Ela serviu a Força Aérea Brasileira (FAB) durante 22 anos como cabo, quando descobriu a transsexualidade. Maria Luiza recebeu o diagnóstico de profissionais da saúde da Aeronáutica em 1998 e em 2000 foi aposentada com metade do salário.
[SAIBAMAIS]A partir daí, iniciou o processo extenso de explorar a identidade femina, com cirurgia de transgenitalização e correção dos documentos civis. Pela primeira vez na história do país, a identidade militar de Maria foi emitida com o nome Cabo Maria Luiza, em 2008.
;Um grande sonho de Maria Luiza era vestir a farda feminina e eu queria muito registrar isso de alguma forma. Mas a realidade às vezes é mais dura. Maria Luiza não pode voltar à ativa e usar a farda feminina;, conta o diretor em material de divulgação.
O documentário tem auxílio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do Distrito Federal e tem previsão de lançamento para o segundo semestre de 2019.
Exibição exclusiva
O público do Festival Internacional de Documentários É tudo verdade poderá assistir sessões exclusivas da produção nesta quarta e quinta-feira (10 e 11 de abril). O IMS do Rio de Janeiro recebe a exibição às 20h, na quarta. Na quinta, é a vez da Estação Net Botafogo 3 receber o projeto, às 21h. Haverá também uma mesa de debate com o diretor Marcelo Díaz e com Maria Luiza.