Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Warner lança Mal me quer, primeira comédia nacional do estúdio

Primeira comédia nacional da Warner, Mal me quer tem toques do humor do Porta dos fundos, piadas sutis e ritmo naturalista


Relacionamento amoroso é um tema recorrente em séries de comédias seja pela eterna busca dos felizes para sempre, seja pela separação. Não é diferente em Mal me quer, coprodução entre a Warner e a Boutique filmes, que estreia amanhã e marca a inserção da Warner no nicho das comédias nacionais. Em seis capítulos, Mal me quer será exibida às quintas, às 19h35. A comédia conta com textos de Ana Reber e Rodrigo Castilho, direção de Ian SBF, e Julia Rabello e Felipe Abib como os protagonistas.

A diferença na história de Mal me quer está na abordagem do casamento da dentista Olívia (Julia Rabello) e do empresário do ramo de turismo Marcel (Felipe Abib). Depois de levar um golpe do contador, Marcel perde tudo o que tem. A conselho de um advogado, ele e Olívia resolvem se separar mesmo apaixonados para que ela não perca a casa onde eles moram com os três filhos ; Manuela (Klara Castanho), J.P. (Lipe Volpato) e Bruna (Chiara Scallet). A separação de mentirinha vai mexer com a vida e com o humor de todos eles.

;Quando falamos sobre relacionamento, com certeza rola uma identificação com o público. No caso de Mal me quer, os autores souberam de um casal que, por incrível que pareça, passou por algo parecido;, afirma o diretor Ian SBF, conhecido por ser um dos nomes por trás do sucesso dos vídeos do canal Porta dos fundos.

O humor apresentado em Mal me quer está muito perto do visto no Porta dos fundos ; com texto ágil, piadas sutis e ritmo naturalista. ;O humor da série se assemelha ao do canal porque é aquela comédia de situação, calcado na realidade. A gente não tem um bordão ou uma caracterização de personagem;, compara o diretor, em entrevista ao Correio.

Acostumado a escrever e dirigir comédia ; só no Porta dos fundos são sete anos ;, Ian acha que o humor vem mudando nos últimos anos. ;A própria visão que temos do chamado politicamente correto mudou. Há cinco, seis anos a gente achava chata essa cobrança, hoje eu já acho que é uma vitória;, reflete. Para ele, é muito mais difícil ; ;e por isso mesmo muito mais gostoso; ; fazer rir nos dias de hoje, quando busca-se muito mais a comédia inteligente do que a que ofende.

A chegada da Warner ao mercado nacional de comédias é motivo de comemoração para Ian: ;Estamos vivendo um momento muito forte nas produções de séries brasileiras, com uma indústria criando raízes para enfrentar vendavais, com produtos sendo vendidos para o exterior. É claro que ainda não somos os EUA. Eles têm muito know how do assunto, a gente está tentando entender. Temos muita qualidade já, mas ainda corremos muito atrás para atingir os resultados.;

Leia aqui a crítica do primeiro episódio de Mal me quer!