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Assim como outras manifestações da periferia, os integrantes da cena não sabem ao certo apontar ao certo quem foi o responsável por "iniciar" esse fenômeno. No entanto, todos convergem para uma música que despontou a sensação: Gera bactéria, de Shevchenko e Elloco, lançada em agosto de 2018 (4 milhões de acessos). A dupla de veteranos no brega-funk, bastante respeitada no meio, iniciou a tendência ao colocar dançarinos do passinho em um clipe dirigido pelo Victor Matheus, da Maker Filmes. "Esse passinho é louco e nasceu na favela / Nós manda embrazado, lá dentro do brega", diz um dos trechos da letra.
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O sucesso do vídeo de Barulho da kikada fez os Magnatas do Passinho S.A ganharem o apelido de "mão de ouro". "Atualmente, toda música que dançamos faz sucesso. Estamos sendo considerados os mais estourados do meio", explica Artur Borges, 26, o mais velho dos integrantes - Roberto Felipe, 15, Sérgio Roberto, 15, Maurício da Silva, 17, Eduardo da Silva, 18, e Kelvyn Guimarães, 20, completam o time. "A gente assistia vídeos dos malokas de São Paulo dançando na internet. Sempre andamos juntos, então decidimos dançar esses brega-funks. Trabalhamos os passos sempre de acordo com batidas e refrões", explica.
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"Já tínhamos gravado outras músicas antes, mas nunca conseguiu evidenciar;, explica Niago. "Quando o sucesso chegou, foi uma coisa que realmente não esperávamos. Conseguimos graças ao passinho. Está todo mundo falando que Barulho da kikada será o hit do carnaval e sinto que pode ser possível", diz o jovem de 19 anos, que revela estar gravando uma "segunda parte" da canção de sucesso.
), Robinho Destaky e Fernando Problema () e MC Abalo () são os principais exemplos. Todos eles são jovens no cenário do brega, comprovando que o passinho deu oportunidade a uma nova leva artistas.
"O brega está se atualizando com os passinhos. É uma coisa importante para qualquer movimento musical, ainda mais pelo nosso por estar ganhando visibilidade lá fora. Espero que o passinho seja reconhecido como uma nova dança da cultura pernambucana daqui há alguns anos", diz Vitinho Polêmico, jovem de 18 anos que tem realizado cerca de 40 shows por mês.
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Como os (Danny Bala, Batidão Stronda e DG) foram para São Paulo trabalhar com gigantes de funk paulista (as produtoras GR6 e Start Music), o passinho também acabou dando espaço para novos nomes da produção: DJ Barca, JS e Marley no Beat. É possível dizer que o trio está ditando as novas tendências do que está sendo chamado de "batidão dos malokas". A vertente é marcada por batidas eletrônicas agudas e velozes, responsáveis por evocar movimentos frenéticos da virilha.