Tarcila Rezende - Especial para o Correio
postado em 27/12/2018 07:00
Com o objetivo de revigorar a saga Transformers, Bumblebee, um dos personagem mais queridos, foi escolhido para ser o astro do filme que conta a história de como o planeta entrou na rota da batalha cibernética. O pequeno robô amarelo, que é o menor dos Autobots ; os mocinhos da guerra com os vilões Decepticons ; chegou aos cinemas de todo o país.
Desde o primeiro filme da saga, o embate entre os Decepticons e os Autobots tem reflexos na Terra, ameaçando a sobrevivência dos humanos. Dessa vez, o spin-off da franquia se passa nos anos 1980 e aproveita para contar mais a fundo a história de Bumblebee ao público.
O pequeno Autobot que, anos atrás, lutou contra os Decepticons em seu planeta natal, Cybertron, encontra refúgio na pequena cidade californiana de Brighton Falls, e se esconde num ferro-velho como um fusca amarelo. Mas o robô acaba sendo comprado por Charlie Watson (Hailee Steinfeld), uma garota de 18 anos que ainda sofre com a perda recente do pai e com o bullying na escola por não ser como os outros alunos. Tendo aprendido muito de mecânica com o pai, ela se sente mais à vontade numa oficina.
Após consertá-lo, o então fusca se transforma e revela ser Bumblebee. Ambos desenvolvem uma grande amizade, mas são caçados por uma agência governamental: O Setor 7, liderado pelo Agente Burns (John Cena), e descobrem que o robô não é o único Transformer na Terra.
Diretor iniciante
Bumblebee é o primeiro filme da saga que não foi dirigido por Michael Bay. A Paramout Pictures escolheu o cineasta Travis Knight para tocar as filmagens, o que despertou uma grande curiosidade da crítica sobre qual rumo a franquia seguiria.
Travis Andrew Knight é um nome pouco conhecido, embora competente em seus trabalhos anteriores. Em boa parte deles, Knight foi apenas o animador ou produtor, e esteve envolvido em três obras indicadas ao Oscar: Coraline, que concorreu ao prêmio de Melhor Animação em 2010, perdendo para Up! Altas Aventuras; Para Norman e Os BoxTrolls.
Sua estreia como diretor, em 2016, foi com o longa Kubo e as Cordas Mágicas, uma mistura de stop motion com animação digital, indicado ao Oscar como melhor filme de animação, disponível na Netflix. Foi com esse filme que Travis ganhou destaque em Hollywood e mostrou que teria um futuro promissor na direção das câmeras, não somente como animador.
Aposta milionária
Após o fraco desempenho do quinto filme da franquia, Transformers ; O Último Cavaleiro, em 2017, a Paramount abriu mão de estrear um novo longa dos robôs em 2019, que estava reservado para 28 de junho. O Último Cavaleiro arrecadou nos Estados Unidos apenas US$ 130,2 milhões, que decepcionou pelo fato do orçamento ter sido um dos maiores de 2017: US$ 217 milhões. O longa fechou o ano como a 25; melhor bilheteria, a pior colocação da franquia, já que todos os outros quatro Transformers encerraram seus respectivos anos dentro do top 10.
Mas, ainda assim, a Paramount apostou na estreia de Bumblebee para esse Natal. Com um orçamento de US$ 132 milhões, muito menor que o filme anterior da saga, o spin-off arrecadou US$ 52 milhões no mundo desde 23 de dezembro.
Em entrevistas de divulgação a respeito de Bumblebee, foi dito que seria apresentado ao público um novo olhar sobre o universo Transformers. Travis revelou que o filme, na verdade, foi uma ideia de Steven Spielberg, que sempre esteve envolvido na franquia como produtor executivo.
Em contrapartida do fracasso de bilheteria de Transformers ; O Último Cavaleiro, a crítica americana afirma que Bumblebee é um grande avanço, e que o spin-off poderá se tornar o melhor filme da franquia já feito.
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