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Filipina eleita Miss Universo repete posição de Duterte sobre maconha

A filipina Catriona Gray foi a vencedora do concurso Miss Universo 2018, competição realizada em Bangcoc no domingo, 16, ao derrotar 93 competidoras de outros países. O escritório do presidente filipino, Rodrigo Duterte, rapidamente parabenizou a jovem pela conquista. Catriona é a quarta filipina escolhida Miss Universo. "A sra. Grey deixou Filipinas orgulhosa quando ela se apresentou no palco global e exibiu as qualidades genuínas, que definem uma beleza Filipina: confiança, graça, inteligência e força apesar dos duros desafios", disse Duterte em nota divulgada pelo Palácio presidencial. "Com seu sucesso, a Miss Filipinas mostrou ao mundo que as mulheres em nosso país têm a capacidade de transformar sonhos em realidade, através da paixão, diligência, determinação e trabalho duro." Uma rodada inicial de questionamento durante a competição abordou a questão das drogas, um assunto controverso nas Filipinas, onde a agressiva repressão antidrogas de Duterte deixou milhares de mortos. Perguntada sobre o que ela achava de legalizar a maconha, Catriona disse: "Eu sou a favor de ser usada para fins medicinais, mas não para uso recreativo (...) Tudo é bom, mas com moderação". Ao ser questionado sobre a resposta de Catriona, similar ao que o presidente filipino defende em relação à maconha, um porta-voz disse que apenas a própria miss poderia esclarecer se foi influenciada ou não por Duterte. "A opinião de Catriona Gray sobre a legalização da maconha para fins medicinais pode ter sido influenciada pelo posicionamento do presidente sobre o assunto ou ela pode ter chegado a essa conclusão depois de analisar os prós e os contras desta questão", disse Salvador Panelo em mensagem de texto enviada à emissora filipina ABS-CBN. Duterte causou controvérsia recentemente quando brincou dizendo que fumava maconha para lidar com sua agenda lotada de reuniões com outros líderes asiáticos em uma cúpula regional. Premiação Catriona usava um vestido vermelho cintilante que, segundo ela, foi inspirado por um vulcão nas Filipinas, quando recebeu a coroa para o deleite de uma multidão na capital tailandesa. A vice-campeã foi Tamaryn Green, da África do Sul, e a terceira colocada foi Sthefany Gutierrez, da Venezuela. "Quando eu tinha 13 anos, minha mãe disse que teve um sonho em que eu ganhava (a competição de Miss Universo em um vestido vermelho", disse a cantora e modelo de 24 anos. Catriona disse que sua mãe chorou as duas se encontraram depois que ela ganhou a competição, o 67º concurso de Miss Universo. Nas Filipinas, os desfiles dos concursos de miss são uma atração popular, e os compatriotas de Catriona que assistiam ao concurso televisivo aplaudiram enfaticamente e pularam de alegria quando ela foi declarada vencedora. As celebrações foram especialmente animadas na cidade de Oas, na província de Albay, origem da mãe de Catriona - o pai da nova Miss Universo é australiano. Catriona nasceu e cresceu em Cairns, na Austrália e estudou no Berklee College of Music, em Boston, nos Estados Unidos. Competição A competição do Miss Universo deste ano incluiu, pela primeira vez, uma competidora transgênero: Angela Ponce, da Espanha. Em uma apresentação por vídeo ela disse que para ela mais importante do que vencer, era estar na disputa. Uma das poucas controvérsias do concurso deste ano envolveu a miss Estados Unidos, Sarah Rose Summers, que pareceu zombar de concorrentes de Camboja e Vietnã por causa de suas habilidades na língua inglesa. Sarah se desculpou pelo episódio. A final foi novamente apresentada por Steve Harvey, marcado por anunciar a vencedora errada no concurso de 2015. Harvey brincou brevemente sobre o incidente dizendo: "Vocês não esquecem isso, mas eu ainda estou aqui". O tema do concurso deste ano foi "Mulheres Empoderadas" e foi julgado por sete mulheres, incluindo ex-vencedoras da competição, empresárias e designers de moda.