Há cinco anos, o Brasil tem uma convenção geek, nerd e pop para chamar de sua. Aos moldes de grandes feiras como San Diego e Nova York Comic Con, a CCXP ; sigla para Comic Con Experience ; reúne grandes nomes do cinema, da televisão e dos quadrinhos em quatro dias em painéis, estandes e encontros com fãs em São Paulo. .
[SAIBAMAIS]Apesar de também dar espaço ao cinema e à televisão, a convenção faz questão de manter e aumentar a cada edição o espaço batizado como Artit;s alley, em que quadrinistas, ilustradores e artistas, consagrados ou não, do Brasil e de outros países, expõem trabalhos e podem interagir com o público. ;Esses eventos são muito importantes para estreitar a relação entre o autor e os seus leitores. São momentos muito especiais, em que podemos conhecer melhor quem acompanha nosso trabalho, além de permitir que nos apresentemos a pessoas que ainda não conhecem nossas obras. São momentos de encontrar os amigos quadrinistas que estão espalhados pelo país;, analisa Wesley Sampaio, quadrinista brasiliense que retorna para mais uma participação na feira.
Wesley Sampaio participa da seção Artist;s alley desde a segunda edição em 2015, e faz parte dos mais de 15 artistas de Brasília que representarão a cidade na feira. Neste ano, o candango aproveita para lançar (Nem) Todo problema tem solução!, que foi produzido por financiamento coletivo. ;Nessa série, os problemas são retratados como bichinhos fofinhos, e as tiras mostram, de forma bem-humorada, como nos relacionamos com eles. Uma primeira coletânea, chamada Cada um com seus problemas! (2016). Neste segundo volume, os problemas ganham a companhia das soluções;, adianta.
Na feira, ainda vai levar outras obras, como Depósito do Wes, Filosofias de recreio, Cada um com seus problemas! e Um começo, e produtos relacionados aos personagens em formato de imã de geladeira, pelúcias, botons e porta-copos.
De volta
Assim como muitos artistas fazem, Verônica aproveita a CCXP para lançar obras. Dessa vez, ela faz, oficialmente, a apresentação da graphic novel Crianças. ;É uma obra enxuta que diz o essencial, bem como o slogan sugere: ;viva o simples;. E engana-se quem acha que ela é destinada só ao público infantil. Em outras palavras, é uma HQ que deixa um eco interno nas crianças maiores de idade;, explica. Além da obra inédita, Verônica também vai expor outros títulos de HQ, Boa noite, Maria! e Verdugo o inacreditável ; Procurados, assim como pôsteres, bonecos, adesivos, cartões-postais, entre outros. ;Eventos como este empolgam todos, e os quadrinistas e ilustradores estão inclusos;, garante a brasiliense, que dividirá a mesa com a artista do Rio Grande do Sul Majane, autora de Umas potocas.
Força coletiva
Dividir o espaço no Artist;s alley é algo comum entre os artistas. Em Brasília, alguns dos nomes confirmados na feira costumam adotar a estratégia. É o caso de Lucas Gehre, o LTG, e de Gabriella Masson, do Lovelove6, autora do quadrinho Garota siririca. Os artistas estarão juntos na quinta edição da feira, ambos retornando após participações anteriores. ;É a segunda vez. No ano passado, eu também estava lá. Acho que é essencial que tenha espaço para os artistas independentes e nacionais;, analisa Lucas Gehre.
Entre os trabalhos que Lucas Gehre levará está o livro Quadradinhas, lançado em 2016, que reúne as primeiras 200 tirinhas produzidas por ele diariamente. ;Também vou levar outras publicações (ele é autor de Quimera, série de horror em parceria com Rafael Lobo, e Labirinto do Necromante, livro-jogo feito com a Lovelove6), pôster, print, esse tipo de produto que o público do evento gosta;, completa.
Para a convenção, Eduardo Calazans fará o lançamento da HQ Robin, uma releitura feminina de Robin Hood nas ruas de Ceilândia, feita com Marmota Rocha e Sarah Calazans. ;Robin estará representando nossa Brasília e a minha querida cidade. Prints, adesivos, imãs e, especialmente, quadrinhos, que são o coração do nosso coletivo e minha paixão;, anuncia. Com 29 anos, o artista trabalha desde os 19 como designer e desde 2013 integra o Incoerente Coletivo.
Materiais novos
Lançar materiais é outra iniciativa que a maioria dos artistas faz durante a feira. Em sua estreia na CCXP, Ikarow Ilustrador leva o livro O monstro, produção inspirada nas lendas dos antigos povos amazônicos, para lançamento na CCXP. ;Estou levando o quadrinho O monstro, inspirado no folclore brasileiro, para lançar exclusivamente na CCXP;, revela o autor.
Além da obra, ele leva os outros trabalhos dedicados ao folclore brasileiro em formato de terror, A bruxa, mitologia sobre a cuca, e as duas edições de Rio Negro, sobre mitologias dos povos indígenas. Lá, o brasiliense dividirá o espaço com outro artista que se dedica ao tema.
Desde 2014 no Artist;s alley da CCXP, Max Andrade Duarte está de volta. ;Todas foram especiais de alguma forma, mas essa tem um marco muito importante. Vou lançar o último volume da minha série Tools challenge, um mangá nacional que faço há muitos anos e vai acabar na sexta edição. A série toda tem mais de 700 páginas;, conta.
Desde 2014 no Artist;s alley da CCXP, Max Andrade Duarte está de volta. ;Todas foram especiais de alguma forma, mas essa tem um marco muito importante. Vou lançar o último volume da minha série Tools challenge, um mangá nacional que faço há muitos anos e vai acabar na sexta edição. A série toda tem mais de 700 páginas;, conta.
Além da última edição da nova série, Max levará todos os seus outros projetos de quadrinhos da saga. Ele estará ao lado de Kaji Pato, outro autor de mangá brasileiro.
No último sábado, o ilustrador Gabriel Góes fez o primeiro lançamento de Soco!™ Volume 2 ; Billy Soco; no Inferno em Brasília. Logo depois da divulgação na cidade, o brasiliense fará outro lançamento, dessa vez, na CCXP. A obra é o segundo volume de uma série iniciada no ano passado com o jovem biônico Billy Soco como protagonista, que deve ter até 12 volumes. ;Essa é a minha segunda vez. Este ano vou com meus parceiros da editora Cosmos, por onde estou publicando os títulos do Billy Soco;, conta Góes. E ainda completa: ;A CCXP é importante não só para os artistas, é uma oportunidade para autores e editoras se aproximarem do público, eventos como esse dão credibilidade para a cena;.
Outra artista de Brasília que aproveita a feira para lançamento é Renata Rinaldi. De volta à convenção, ela lança The invisible thread, quatro histórias sobre os laços afetivos em diferentes formas.
Saiba onde encontrá-los
; Archiri Usagi (mesa G12)
; Catharina Baltar (mesa C06)
; Daniel Lopes (mesa G32)
; Eduardo Calazans e Marmota Rocha, do Incoerente Coletivo, e Sarah Calazans (mesa B08)
; Gabriel Góes (mesa A 42)
; Henry Schumann (mesa C07)
; Ikarow Ilustrador (mesa A025)
; Leonardo Maciel (mesa D09)
; Lucas Gehre, LTG, e Gabriella Masson, Lovelove6 (mesa C27)
; Max Andrade Duarte (mesa H41)
; Nickyzilla (mesa C06)
; Renata Rinaldi (mesa E07)
; Verônica Saiki (mesa A03)
; Wesley Sampaio (mesa D09)