Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Escritor Ronaldo Costa Fernandes lança livro de poemas existenciais

Com poemas escritos no período entre 2014 e 2018, 'Matadouro de vozes' fala sobre ser e estar no mundo e, com isso, o escritor acabou por se dar conta que o conjunto trazia uma temática em comum: a política.



Um dos nomes destaques da literatura de Brasília apresenta seu mais novo trabalho. Autor de seis romances, cinco livros de poesia, dois de ensaio e uma novela, Ronaldo Costa Fernandes autografa amanhã o livro Matadouro de vozes, que poderá ser conferido no evento de lançamento, no restaurante Carpe Diem, às 19h.

Ronaldo, que já conquistou importantes prêmios literários, como o Casa de las Américas,concedido ao romance O morto solidário, volta com livro de poesias após quatro anos desde seu último trabalho O difícil exercício das cinzas.

Com poemas escritos no período entre 2014 e 2018, Matadouro de vozes fala sobre ser e estar no mundo e, com isso, o escritor acabou por se dar conta que o conjunto trazia uma temática em comum: a política. Mesmo que as poesias de Ronaldo não seja explicitamente sobre o assunto, o escritor afirma que o momento em que o país viveu nestes últimos anos não seria ignorado em seus trabalhos.

E isso se faz presente no nome da obra. Um dos poemas que o inspirou a colocar o título do livro chama-se Criadouro de vozes, mas Ronaldo Costa preferiu fazer um jogo de palavras para dar mais sentido a sua intenção com o livro. ;Escolhi colocar Matadouro de vozes para alertar que, apesar de forçar querendo calar as vozes dos artistas e pensadores, ainda há uma esperança, ainda existem criadores de vozes;, revela o autor.

De acordo com a resenha do livro escrito pelo poeta Wilson Moreira, Matadouro de vozes pode causar, à primeira vista, a impressão de uma poesia sofisticada e de difícil entendimento. ;No entanto, o propósito do autor é o de provocar, ainda que pelo estranhamento, a decifração de sentidos imprecisos e imersos na linguagem poética. E a poesia procura criar sua carga expressiva fugindo ao convencional;, opinou.

A poesia procura Ronaldo, não o contrário. Segundo o escritor, optar por escrever é mais que um ofício. A necessidade pelo poético é trivial, que o busca constantemente. ;Eu espero que as pessoas tenham a empatia com a minha expressão poética, e que o leitor possa repartir as minhas experiências e juntar a cosmovisão delas com a minha expressão poética;, disse.


Matadouro de vozes
Lançamento do livro Matadouro de vozes. Amanhã, no restaurante Carpe Diem (104 Sul), às 19h