Paris, França ; Pandeiro, cavaco, tantan. Instrumentos facilmente encontrados em rodas de pagode por todo o Brasil, e praticamente desconhecidos na Europa. Cenário que Thiaguinho mudou na última semana, em sua primeira turnê internacional em seis anos de carreira solo.
O artista levou o ritmo para seis cidades de cinco países do Velho Continente entre quarta-feira da semana passada (24/10) e essa segunda-feira (29). "Passa um filme na cabeça. A turnê é uma dessas grandes conquistas que tenho com o fruto de um trabalho repleto de dedicação e amor", revelou o cantor ao Correio, após show em Paris, na última quinta.
O artista levou o ritmo para seis cidades de cinco países do Velho Continente entre quarta-feira da semana passada (24/10) e essa segunda-feira (29). "Passa um filme na cabeça. A turnê é uma dessas grandes conquistas que tenho com o fruto de um trabalho repleto de dedicação e amor", revelou o cantor ao Correio, após show em Paris, na última quinta.
O ano de 2018, de fato, vem sendo de conquistas para Thiaguinho. O álbum Só vem, lançado em maio, é um dos indicados a melhor disco de samba/pagode no Grammy Latino deste ano. O repertório escolhido para os shows europeus conta com Energia surreal, Ponto fraco e Só vem, principais canções do disco. Ainda assim, durante pouco mais de 1h30, os fãs presentes na turnê cantaram e dançaram muitos sucessos antigos do tempo de Exaltassamba, além de homenagens a grupos famosos dos anos 1990, como Raça Negra e Os Travessos.
"Eu gosto de me aproximar do público e trazer um clima mais intimista durante os shows, sabe? Com certeza os clássicos do pagode criam um clima nostálgico para os brasileiros que moram fora, mas também sinto que as músicas mais recentes são recebidas de braços abertos", explicou o cantor.
"Eu gosto de me aproximar do público e trazer um clima mais intimista durante os shows, sabe? Com certeza os clássicos do pagode criam um clima nostálgico para os brasileiros que moram fora, mas também sinto que as músicas mais recentes são recebidas de braços abertos", explicou o cantor.
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"Toda vez que tem show de cantor brasileiro aqui, eu venho de qualquer jeito. E como sou fã do Thiaguinho de longa data, cantei junto durante o tempo inteiro", revela Adriana Jacquin, brasileira e moradora de Paris há cinco anos. A economista foi ao show com o marido francês, Jean-Marc. O casal pagou 45 euros cada para assistir ao espetáculo, e não se arrependeu: "Vale a pena porque é uma manifestação cultural única. Aqui no meu país nao tem nada igual. A Adriana ama, e eu aprendi a gostar com ela". Jean, aliás, era um dos poucos franceses, cercado por brasileiros que puderam matar um pouco da saudade da música de seu país.
Um destes brasileiros era Neymar. Acompanhado do pai, de Daniel Alves e dos inseparáveis "parças", o jogador do Paris Saint-Germain aproveitou a passagem do amigo e cantor para prestigiá-lo. Com a presença de amigos e a animação dos fãs, Thiaguinho admitiu ter feito um show especial na capital francesa. "Sempre fico com frio na barriga (risos). Mas esse foi diferente. A parte mais especial foi me sentir em casa, mesmo estando longe do meu país", afirmou o cantor após o show e logo antes de se reunir com os amigos famosos em um restaurante da capital francesa.
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Seis dias, cinco países
A primeira turnê internacional de Thiaguinho foi curta e intensa. Em menos de uma semana, passou por cinco países e seis cidades. A excursão começou na última quarta-feira (25), com um show em Dublin, ao lado do cantor de funk MC Guimê. Nos cinco dias seguintes fez um show por noite em Paris, Amsterdã, Zurique, Milão, e nessa segunda-feira (29) finalizou o tour em Genebra, na Suíça.
[SAIBAMAIS]Essa variedade cultural inspirou o artista a ousar ainda mais no repertório. Além do pagode, quem compareceu também ouviu funk, reggae, e até letras de rock. "A mistura de ritmos é natural. Sou um cantor de pagode, mas nada me impediria cantar uma música em algum outro ritmo." Os últimos trabalhos do cantor já trazem elementos mais afastados do pagode como a canção Acredito no amor, lançada em setembro e ouvida durante a turnê. "A minha essência continuará a ser o pagode, que é o ritmo que eu amo e que me acompanha, mas gosto muito dessa mistura e acredito que seja algo que só some artisticamente", confessa o artista.
Para Thiaguinho, a chave do sucesso para uma turnê com shows lotados e público cantando as canções é trabalhar com sua maior paixão. "Faz toda a diferença. O sucesso é consequência da força de vontade, de persistência e da paixão pela música. As mensagens das minhas músicas são sempre de energia boa, alegria e amor", finaliza o cantor, que volta ao Brasil nesta terça e já faz show em Manaus (AM) nesta quinta-feira (1;/11).