Um dos personagens mais polêmicos da campanha para presidente em 2018, o músico Roger Waters encerra nesta terça, com show em Porto Alegre, a passagem pelo Brasil. O britânico passou por outras sete capitais desde 9 de outubro, dois dias depois do primeiro turno, com shows em São Paulo, Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Rio e Curitiba, onde se apresentou no sábado.
Em todos as apresentações, ele fez questão de se posicionar politicamente. No primeiro show em solo brasileiro, na capital paulista, o ex-integrante do Pink Floyd surpreendeu. Incluiu, na lista de políticos chamados por ele de fascistas (como o presidente dos EUA, Donald Trump), o nome do então candidato a presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. O candidato do PSL foi eleito neste domingo ao derrotar nas urnas o petista Fernando Haddad, neste segundo turno da eleição.
A iniciativa gerou polêmica. Na sequência, o nome do candidato pelo PSL foi substituído por ;censurado;, mas o britânico não se intimidou em colocar no telão o #elenão, mote de campanha contra o agora presidente eleito do Brasil.
Na noite de sábado, em Curitiba, ele voltou a usar a mesma estratégia. Atento à legislação, ele fez aparecer a hashtag no telão faltando poucos minutos para o prazo final para manifestações políticas, recebendo apoio, mas também vaias, como em outras cidades que receberam a apresentação.
Resta saber como será o comportamento do músico amanhã. Na capital gaúcha, Bolsonaro teve 56,85% dos votos válidos, contra 43,15% de Haddad.
Depois do show na capital gaúcha, Waters seguirá com a turnê Us %2b Them para Montevidéu, no Uruguai. Depois, vai a Buenos Aires (Argentina), Santiago (Chile), Lima (Peru), Bogotá (Colômbia) e San José (Costa Rica).