Quase 55 mil pessoas participaram de uma catarse na noite deste sábado (13/10) no Estadio Nacional Mané Garrincha, no fim da primeira parte do show Us and them, da turnê mundial de Roger Waters. Foi quando o cantor e baixista que integrou a banda Pink Floyd interpretou Another brick in the wall.
[SAIBAMAIS]Após a saída dos músicos do palco, o gigantesco telão exibiu a expressão Resist (resista), seguido da inscrição de nomes de políticos conservadores do mundo, como Marine Le Pen, da França; Sebastian Kurz, da Áustria; Donald Trump, dos Estados Unidos; e Vladmir Putin, da Rússia.
No primeiro show, em São Paulo, fazia parte da lista o nome do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). Mas, igual ao segundo show na capital paulista, em Brasília o nome foi substituído por "Ponto de vista censurado". Em resposta ao protesto de Waters, grande parte do público gritou em coro "Ele não", mas houve também quem gritasse ;mito;, em referência ao candidato.
Próximo ao palco e emocionado, o deficiente visual Paulo Cardoso, 50 anos, presenciou o megaconcerto com a esposa Andreia. "Sou fã do Pink Floyd e acompanho Roger Waters desde a adolescência. Viemos de Fortaleza só para assistir ao show", disse.
Rodrigo Lopes Ferreira, 17 anos, foi ao Mané Garrincha com o pai, Ronaldo Lopes, 58. "Nunca vi um show tão grandioso quanto este. Meu pai tem razão: Roger Waters é um gigante da música", disse o rapaz.