Ao receber um e-mail sobre a seleção para o papel de She-Ra, a atriz e dubladora Aimee Carrero só prestou atenção na reação do marido: "Não! She-Ra?"
Diante disso, foi pesquisar para ver do que se tratava. A animação She-Ra: a princesa do poder teve 93 episódios em três temporadas. Aimee nasceu em 1988, um ano depois que a série terminou. Assim como ela, boa parte audiência que lotou o Hammerstein Ballroom para assistir à nova versão da personagem nem sequer tinha idade para conhecer o original.
A Netflix, em parceria com a DreamWorks, lança em 16 de novembro a primeira temporada, com oito episódios, de She-Ra e as princesas do poder. Cultuada nos anos 1980, a produção é uma animação clássica sobre a luta do bem contra o mal. Porém, a versão contemporânea busca dialogar com a cartilha dos tempos atuais.
"A série original partiu da história do He-Man. Agora, pela primeira vez, a personagem não depende mais dele. Os fãs da primeira série vão encontrar muitos elementos iguais, mas tomamos algumas liberdades. A nossa versão deve ter vida própria, ou não haveria sentido em fazê-la", comentou Noelle Stevenson, produtora-executiva da série.
Na Comic Con, foram exibidos trechos do primeiro episódio. A nova She-Ra parece mais menina do que a personagem de 30 anos atrás. O mote da série é semelhante: a órfã Adora (voz de Aimee Carrero) abandona a Horda, uma organização do mal, quando descobre a espada que a transforma na princesa She-Ra.
Pelo que foi apresentado, a nova She-Ra tem cunho feminista. Como o subtítulo fala em princesas, várias mulheres têm destaque. "Apostamos na diversidade", diz Noelle. A série contará também com um personagem LGBT. Porém, um detalhe muito importante não mudou: "Pela honra de Grayskull", o grito de guerra de She-Ra.
*A repórter viajou a convite da Warner Channel