Depois de dois anos com as atividades paralisadas por dificuldades financeiras e o fim do patrocínio que recebia da Petrobras, a Quasar Cia de Dança revive com o espetáculo O que ainda guardo, no Auditório Ibirapuera, resultado do projeto Preciosidades Vivara.
"No começo, fiquei apreensivo", explica Henrique Rodovalho, criador e coreógrafo da Quasar. "Primeiro, por questões técnicas: estávamos sem bailarinos, sem espaço em Goiânia, mas também por questões artísticas. Bossa Nova hoje? O país está tão diferente, numa crise em vários sentidos. Mas aceitamos o convite e pensei que esse espetáculo poderia ser um momento de respiro para o público."
Em 2016, com a crise, apenas Rodovalho e a diretora Vera Bicalho permaneceram no grupo goiano. Na ocasião, o Espaço Quasar, onde a companhia ensaiava e mantinha equipamentos e cenários, também fechou as portas.
Após as apresentações do projeto, Rodovalho espera que a companhia continue emplacando projetos. "Já apareceram vários convites, mas ainda não sabemos como será a relação com a Vivara, se eles vão querer dar continuidade a esse espetáculo. De qualquer forma, eles precisam antes ver o resultado", explica.