Vinícius Veloso*
postado em 17/09/2018 22:06
O Festival de Brasília chegou ao quarto dia nesta segunda-feira (17/9), com a terceira Mostra Competitiva sendo apresentada pela atriz Rosanne Mulholland, acompanhada de Rocco Pitanga. Dedicado para todas as mulheres, envolvendo temas atuais e que estão repercutindo, como saúde mental e a exposição pessoal na internet, a atração principal Luna arrancou aplausos da plateia que compareceu ao Cine Brasília.
O longa conta a história da adolescente Luana, que sofre com a solidão e é criada pela mãe solteira. A situação se agrava quando a intimidade da jovem é exposta nas redes sociais, mudando por completo os rumos da vida da estudante do ensino médio.
Nem a chuva e o frio foram capazes de espantar o público do cinema, que estava lotado. A produção de Cris Azzi, de Belo Horizonte, trouxe, além da exposição pessoal, outras temáticas no roteiro. Tratando de depressão, justamente no mês de setembro, no qual acontece a campanha de prevenção ao suicídio denominada ;Setembro Amarelo;, o filme serve também de alerta para os espectadores.
Eduarda Fernandes e Ana Clara Ligeiro, protagonistas de Luna, em entrevista ao Correio, contaram um pouco sobre o filme. ;Várias coisas interpelam o caminho da Luana. A superexposição, a descoberta de uma sexualidade. Estamos no mês do Setembro Amarelo e o filme permeia esse lugar. Vemos a Luana como uma personagem que comporta todas essas questões e vê como lidar com elas no seu arco dramático;, revelam.
A fachada do Festival
A fotógrafa Mila Petrillo, responsável pelas fotos que decoram o Cine Brasília na edição deste ano, esteve presente pela primeira vez no Festival. As fotografias utilizadas no exposição estão em preto e branco e o fato de estarem presentes no evento relembram a ligação entre a carreira que Petrillo escolheu, inspirada em um filme, e o cinema.
;A decisão de fotografar surgiu depois que assisti o filme Blow up - Depois daquele beijo, de Michelangelo Antonioni. Já as fotografias da exposição são todas dos anos 1990, de uma época analógica. É sempre emocionante estar em todos os festivais. Eu assistia tudo e cobria os filmes naquela época. O cinema sempre teve uma sincronia com momentos importantes na minha vida.;
*Estagiário sob a supervisão de Igor Silveira