"Gravamos um episódio do Zorra em Brasília e não tivemos acesso a nada. Eles pediram o texto com as piadas para aprovação e a gente não mandou", contou Melhem. Segundo o artista, o Congresso monitora o trabalho daqueles que fazem humor: "A gente coloca lente de aumento nos fatos de interesse público e ajuda, de forma menos dura, a enxergar a realidade".
José Lavigne dirigiu um dos programas humorísticos mais ácidos, depois do TV Pirata, nos anos 1990. Ele lembra que os políticos faziam fila para serem entrevistados no Casseta: "Nas sátiras, a gente só não podia falar o nome real, então, Itamar Franco virava Devagar Franco, e o Collor, Cheirando Collor de Mello".