Matheus Dantas*
postado em 22/08/2018 07:30
O humor é um dos recursos mais ricos e inventivos de que dispomos. Com ele, você educa, ensina, transmite mensagens de outras culturas, religiões e pensamentos, combate preconceitos e denúncia o que está errado. A partir dessa ideia, o Salão do Humor e da Cidadania propôs um concurso para os cartunistas, desenhistas e ilustradores do mundo todo para desenvolverem trabalhos baseados no tema o preconceito não tem graça.
Foram mais de 500 desenhos inscritos, sendo 338 internacionais e 165 trabalhos brasileiros. Destes, 59 foram de Brasília. As charges, cartuns, caricaturas e tiras de humor, competiram em três modalidades: atitudes preconceituosas, convivência e respeito às diferenças e defesa dos direitos humanos. Cento e dezoito obras foram selecionadas, e serão expostas gratuitamente a partir desta quinta-feira, até a próxima segunda-feira, no Shopping Conjunto Nacional, na exposição Salão do Humor e da Cidadania.
Durante os cinco dias de exposição, o Salão do Humor vai mostrar aos visitantes que poderão participar de atividades paralelas, como oficinas de desenho de humor gráfico, minicurso de cartazista, seminário sobre a produção do humor gráfico e mercado editorial, fórum sobre bullying e direitos humanos, além de poder votar no melhor desenho de humor.
[FOTO2] O evento realizado pela Cooperativa Central Base de Apoio do Sistema ECOSOL no Distrito Federal Base Brasília Ltda, com fomento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Estado de Cultura do Governo do Distrito Federal.
Na opinião do produtor executivo do projeto, Eustáquio Santos, ;a proposta é possibilitar que a expressão do cartunista, por meio da charge, do cartum, da caricatura e das tiras de humor possa contribuir para o fortalecimento da cidadania, além de integrar a sociedade à agenda cultural no combate ao preconceito e na defesa de direitos humanos;
;Este projeto destina-se a toda a sociedade, despertando além dos interessados na questão da inclusão social e da plena realização da pessoa humana, aqueles que ainda não tenham tido contato com o tema preconceito;, disse Omar Santos, diretor da Ecosol Base Brasilia, cooperativa social realizadora do evento.
O cartunista, Andrê Cerino, ganhador do prêmio em defesa dos direitos humanos, afirma que ;o humor gráfico ocupa lugar de destaque em publicações impressas e on-line;. Ele considera que é inegável a importância do desenho humorístico na imprensa, seja como documento histórico, fonte de informação social, comportamental, política e psicológica, ou até mesmo como termômetro de opinião, fenômeno estético, expressão artística e literária ou ainda como simples forma de diversão e passatempo;.
O cartunista Oscar, ganhador do prêmio atitudes preconceituosas, diz que ;o salão de humor gráfico, é um espaço para incentivar a criatividade e mostrar, inclusive, talentos que não estão sendo publicados;. Neste Salão de Humor gráfico temático, contra o preconceito, a percepção dos cartunistas e suas articulações com a dimensão social permitiu representações do tema preconceito por meio dos trabalhos apresentados, cujas linguagens da charge, cartum, caricatura e tiras de humor, deram suporte ao entendimento das práticas culturais circulantes sobre o tema, finalizou Oscar.
selecionados
; 118 - trabalhos selecionados
; 84 - trabalhos brasileiros, sendo
; 40 - do DF
Participantes
; 155 - cartunistas participantes
; 105 - cartunistas do exterior
; 50 - cartunistas do Brasil, sendo
; 21 - de Brasília