O livro Bravos Candangos, que conta a história de 58 pessoas que vieram para o Distrito Federal ajudar na construção de Brasília, será lançado no sábado (11/8), na banca 308 Sul. Baseado em publicações do jornal Correio Braziliense, que, durante 14 meses publicou 85 histórias de pessoas que vieram de outros estados para realizar o sonho de uma cidade, o livro nasceu após a reunião dos contos realizada por Conceição Freitas.
Existente desde dezembro de 2010, a coletânea de contos transformou-se em um livro somente em 2018. Com o projeto gráfico de Gabriela Bilá e Isabella Brandalise, Conceição conseguiu formar um conjunto ideal para a publicação. Isabella também foi a responsável pelos desenhos lúdicos que ilustram a história do Brasil entre os anos de 1950 e 1960.
Sobre a construção do livro e também das histórias, a autora lembra da emoção e de cada detalhe das histórias. "Quando Brasília fez 50 anos, fui atrás dos bravos candangos que haviam ajudado a construir um sonho de cidade. Encontrei brasileiros (e estrangeiros) que viveram uma experiência única na história do Brasil e rara na história do mundo. Arquitetos, engenheiros, servidores públicos, mestres de obras, carpinteiros, desbravadores dos ermos, vendedores de amor, de flores e de beleza, sábios e loucos, destemidos e sonhadores, homens e mulheres que me contaram uma história extraordinária, cada um do seu jeito", conta Conceição.
Sobre os candangos
O primeiro dos bravos candangos foi o eletricista Raul Faustino de Oliveira, 89 anos, que durante toda a construção da cidade trouxe luz à escuridão do cerrado. Não se sabe ao certo quantos pioneiros da construção estão vivos e morando em Brasília. O presidente do Clube dos Pioneiros de Brasília, Roosevelt Dias Beltrão, já estimou em 2 mil esse número. A Associação dos Candangos Pioneiros tem 1,5 mil associados. Mas há de se levar em conta que muitos dos operários que aqui chegaram no fim dos anos 1950 não participam de nenhuma das duas entidades.