;Responsabilidade;: esse é o termo escolhido pela cantora Mafalda Minnozzi ao ser descrita como um dos ícones da música italiana para os brasileiros. Mafalda iniciou a carreira na Itália, na década de 1980 e, ao longo dos anos, alcançou sucesso em diversos países da Europa. Entretanto, foi no ano de 1996 que a voz da italiana chegou ao Brasil. Em solo verde- amarelo, ela fez um intercâmbio entre o jazz, a bossa nova e o samba, trabalhando com músicos como Milton Nascimento, Toquinho, Leny Andrade e Martinho da Vila. A artista se apresenta na noite de hoje, no palco do Clube do Choro de Brasília, a partir das 21h.
;Ser reconhecida como ícone da música italiana no Brasil representa um motivo de orgulho, mas também uma grande responsabilidade;, pontua Mafalda. A cantora ressalta a dificuldade de trazer dois lados da música italiana para o país: as canções contemporâneas e as clássicas. ;Sempre procurei exaltar a espessura e o conteúdo de compositores contemporâneos como Bindi, Conte e Morricone, mas também a riqueza da música napolitana que está nas origens da música italiana. Portanto, me sinto muito feliz de este esforço hoje ser reconhecido;, explica.
[SAIBAMAIS]
Pela primeira vez em Brasília, Minnozzi traz ao público os sucessos do projeto eMPathia, parceria com o músico norte-americano Paul Ricci. Juntos, os artistas produziram três CDs: eMPathia jazz duo (2016), Inside (2017) e Cool romantics (2018). ;O projeto nasceu recolhendo todas as minhas experiências musicais anteriores: o jazz que me acompanha desde o começo, as influências de importantes ícones como Edith Piaf, Ornella Vanoni, Caterina Valente e Frank Sinatra;, pontua.
Além disso, o ritmo do samba e da bossa nova brasileiros estão presentes no repertório. O trabalho conta com clássicos como É preciso perdoar, de Alcyvando Luz e Carlos Coqueijo imortalizada por João Gilberto, e Inútil paisagem, de Tom Jobim. ;Acho também que foi fundamental juntar e propor autores que se inspiraram na beleza da música, como Tom Jobim, por exemplo, que foi influenciado pela música clássica e pelo jazz americano;, afirma a italiana.
Segundo Mafalda, as canções escolhidas para a apresentação dialogam entre si e com o público. ;O fato de ver a plateia envolvida seja em Nova York, seja em São Paulo, seja em Portugal ou na Alemanha, e de sentir que durante o show as pessoas ficam ansiosas e curiosas de conhecer qual será a próxima música, me surpreende cada vez;, conta.
No palco do Clube do Choro, Minnozzi se apresenta ao lado de Paul Ricci (guitarra) e dos músicos brasileiros Pepa D;Elia (bateria) e Felipe Alves (baixo). A italiana ressalta a animação para a performance em solo brasiliense. ;Sempre tem muita expectativa quando chegamos a uma nova cidade e estamos na frente de um novo público que ainda não me ouviu cantar ao vivo. Ao vivo é diferente!”
*Estagiária sob supervisão de Vinicius Nader
Mafalda Minnozzi no Clube do Choro
Hoje, a partir das 21h, no Clube do Choro de Brasília (Eixo Monumental). Ingressos a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada). Não recomendado para menores de 14 anos.