Diversão e Arte

Depois de sete anos, Zelito Passos volta aos palcos da cidade

Cantor e compositor se apresentará no Clube do Choro ao lado de convidados

Irlam Rocha Lima
postado em 02/06/2018 07:05
Zelito Passos relembrará faixas como Beijo perdido e Bordados
Entre o final da década de 1970 e meados da de 1980, Brasília viveu um período de efervescência musical, que culminou com o boom do rock responsável por revelar para o Brasil bandas como Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude. Um pouco antes, projetos diversos foram determinantes para disseminar a produção de cantores e compositores de outros segmentos.

Rolla Pedra (Taguatinga), Feira de Música (Teatro Galpão), Show do Arroto (UnB), Concerto Cabeças (311 Sul), Canta Gavião (Cruzeiro Velho) e Panelão da Arte (312 Sul) entraram para a história da música na capital como palcos que acolheram incontáveis artistas. Vários deles conseguiram se destacar nacionalmente. Outros, optaram por permanecer na cidade, onde continuaram a levar adiante o seu trabalho.

Um deles é o cantor, compositor e poeta Zelito Passos. Ele, Gera de Castro, Chico Lima e Beirão formaram o coletivo responsável pela criação e realização do Panelão da Ar, projeto que teve início em 1979 e prosseguiu até 1981. Pelo palco, instalado na entrada da 312 Norte, passaram, entre outros, Alceu Valença, Renato Matos, Liga Tripa.

Ao mesmo tempo em que atuava como produtor, Zelito manteve-se fiel ao ofício de compor. "Nunca fui muito de cantar, até por conta da minha timidez. Mesmo assim gravei fitas cassetes, os CDs Balé e Compositor; fiz muitos shows, inclusive no Panelão da Arte. Em 1979 participei do Projeto Pixinguinha e, ao lado de Tom Zé, me apresentei em algumas capitais, abrindo para Tom Zé;, lembra.

Há sete anos longe dos palcos, Zelito faz seu retorno à cena neste sábado (2/6), às 21h, para show no Espaço Cultural do Choro. ;No show Em versos e canção, vou lançar o CD Coletânea Balé, no qual reuni no repertório 23 canções de diferentes fases da minha carreira. Entre as mais antigas, ganharam registro Coração e poesia, Olhos do Tocantins e a que dá nome ao disco;, destaca. ;Há as compostas mais recentemente, em parceria com Clodo (Beijo perdido), Wagner Malta (O teu olhar), Alberto Salgado (Bordados), além de Poema banal, que Clodo e Manassés de Souza fizeram para mim; e a participação de Geraldo Azevedo;, acrescenta;.

No show, Zelito deve cantar também Coração cigano, parceria dele com Paulinho Pedra Azul, gravada pelo cantor e compositor mineiro num dos discos com o qual celebra a trajetória de 30 anos. No palco, vai ter a companhia da banda formada por Manassés de Souza (violão, cavaquinho, arranjos e direção musical) Oswaldo Amorim (contrabaixo acústico), Ocelo Mndonça (violoncelo e flauta transversal), Pedro Almeida (bateria) e Rosdrigo Zolet (acordeon e teclado). ;Os cantores Alberto Salgado e Wagner Malta e o violonista Cacau Alencar são os convidados especiais;, adianta.


Em verso e canção
Show de Zelito Passos, banda e convidados sábado, às 21h, no Espaço Cultural do Choro (Eixo Monumental, ao Lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães). Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia para estudantes). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3224-0599.


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