"Enquanto Cronenberg esteve inicialmente confinado aos territórios marginais dos filmes de terror (...), foi capaz de construir, filme após filme, um edifício original e muito pessoal", escreveu Alberto Barbera, diretor do Festival de Cinema de Veneza.
Autor de filmes que exploram temas como a transformação física e o horror corpo como "A Mosca", "Crash - Estranhos prazeres" ou "Marcas da Violência", de 75 anos, é considerado um dos cineastas mais ousados %u200B%u200Be influentes do cinema contemporâneo.
"Sempre gostei do Leão de Ouro de Veneza: Um leão voando com asas de ouro. Essa é a essência da arte, a essência do cinema", reagiu Cronenberg ao receber a notícia.
Nascido em Toronto em uma família de imigrantes judeus da Lituânia, formou-se em literatura pela Universidade de Toronto.
"Seu universo é povoado de deformidades (...) refletindo o medo de mutações produzidas no corpo pela ciência e tecnologia, doenças e declínio físico", comentou Barbera ao falar sobre seus filmes peculiares.
Cronenberg estreou em 2011 no Festival de Cinema de Veneza com seu filme "Um Método Perigoso", cujo enredo gira em torno das relações profissionais e emocionais de Carl Jung e Sigmund Freud com os atores Michael Fassbender (Jung) e Viggo Mortensen (Freud).
Naquele ano ele também filmou "Cosmopolis", uma adaptação do romance de Don Delillo.
Como romancista, publicou recentemente "Consumidos" com a editora Anagrama.