postado em 30/01/2018 17:20
Em 1; de fevereiro de 1968, o fotojornalista estadunidense Eddie Adams viu o general Nguyen Ngoc Loan, chefe da polícia nacional vietnamita, carregar um sujeito algemado. Para a surpresa de quem presenciava, Loan apontou a arma para a cabeça do rapaz. Eddie mirou a câmera para a cena, a qual julgou se tratar de mera ameaça. O fotógrafo dispara a foto e, o general, a arma.
O registro foi intitulado Execução em Saigon, responsável por mudar a opinião pública norte-americana sobre a sangrenta Guerra do Vietnã, alertando-a para a barbárie que ocorria no sudeste asiático. O confronto durou duas décadas e resultou na morte de mais de um milhão de vietnamitas, além de 58 mil soldados dos Estados Unidos.
Addams cobria o conflito para a Associated Press quando clicou o ocorrido. O sujeito na pontaria da arma é por Loan era Nguyen Van Lém, líder da Frente Nacional para a Libertação do Vietnã, acusado de assassinar diversas pessoas. Tempos após o evento, Eddie Adams defendeu publicamente o general, quem, para ele, foi transformado em vilão em interpretação maniqueísta da imagem.
Anos após, Adams disse que Loan matou Lém com um tiro e, que ele, como fotógrafo, acabou matando o chefe de polícia com o clique. Execução em Saigon foi contemplada com o Prêmio Pulitzer em 1969.
Em entrevista à revista Time, Adams declarou: "O general matou o vietcongue; e eu matei o general com a minha câmera. As fotografias são as armas mais poderosas do mundo. As pessoas acreditam nelas, mas as fotografias mentem, mesmo sem manipulação. Só existem meias-verdades;
O general, meses depois da repercussão da foto, foi gravemente ferido e teve uma das pernas amputadas. Ele chegou a ter tratamento negado por um hospital australiano. Por fim, o Loan foi levado aos Estados Unidos, mas foi mal recebido e várias pessoas pediram deportação dele.