Integrar o elenco de um reality show é sinônimo de projeção. Durante o período no programa, o participante consegue fama, exposição e uma gama de fãs. Mas saber manter o que foi conquistado na atração é um desafio da vida pós-reality.
Na sexta temporada do The voice Brasil, encerrada na última quinta-feira, quatro participantes representaram o Distrito Federal. Dhi Ribeiro, Nãnan Matos, Deborah Vasconcellos e Babi Ceresa viram as carreiras serem impulsionadas e impactadas de alguma forma. ;Foi a melhor experiência relacionada à música na minha vida. Só ter ido lá, ter participado dessa experiência, ter sido selecionada dentro de duas mil pessoas, já valeu;, afirma a brasiliense Babi Ceresa.
Apesar de as quatro terem tido destaque na produção, nenhuma conseguiu dsputar a final. Nãnan foi a que chegou mais longe, sendo eliminada na fase das Batalhas, quando perdeu a disputa para Jota.Pê, que também fazia parte do time de Lulu Santos. Independentemente do resultado, a participação no programa fez diferença na carreira do quarteto, que tem aproveitado a exposição para trabalhar ainda mais.
;Acho que o The voice Brasil tem uma visibilidade incrível porque tem milhões de pessoas assistindo. Muita gente que vai ao The voice diz que a vida melhorou, que abriu portas, que começou a fazer mais shows. Mas é preciso levar a sério e seguir com a carreira. O problema é que, no mundo aqui fora, o artista tem que ter um respaldo, um empresário, uma assessoria para dar continuidade. E essa continuidade é que é o desafio;, analisa o cantor e jurado Michel Teló, vencedor de mais uma temporada com Samantha Ayara.
Projetos futuros
Nascida no Rio de Janeiro, criada em Salvador, mas radicada em Brasília, Dhi Ribeiro, 51 anos, é uma das artistas que têm agarrado as oportunidades pós-The voice. ;Mudanças não foram muitas, porque a gente trabalha muito e corre atrás. Mas foi muito importante;, revela a artista. Duas semanas antes de fazer o teste para o programa, Dhi havia gravado o primeiro DVD da carreira, mas, por conta da participação no The voice, decidiu adiar o lançamento para 2018.
O material será o sucessor do CD Manual de mulher, de 2009, e as primeiras canções devem ser divulgadas no início do ano que vem nas plataformas digitais antes do lançamento oficial. O álbum será composto por músicas inéditas, canções do disco anterior e ainda clássicos do samba. ;A principal temática desse disco é a diáspora e a importância do negro na cultura brasileira. Temos músicas de compositores brasilienses, sambas-enredos. Será um DVD bem dançante;, adianta.
A brasiliense Babi Ceresa, de apenas 24 anos, também é uma das ex-participantes desta temporada do programa que já se preparam para a vida depois do The voice. Ela conta que o impacto de sua presença no reality ocorreu principalmente em Brasília. ;Foi muito bacana, porque as pessoas começaram a me reconhecer mais. Ter sido exposta dessa forma também repercutiu em futuros clientes e parcerias com músicos de Brasília;, comenta.
Aproveitando essa boa repercussão, Babi continuará investindo no trabalho autoral e também em seu canal no YouTube, em que publica vídeos de versões e também faixas inéditas. ;Até o final deste ano ,ou início de 2018, vou lançar um projeto autoral. Também quero fazer novas composições para artistas maiores. Estou compondo para mandar músicas para pessoas específicas. Minha ideia é investir na composição para me divulgar aqui em Brasília e também fora;, explica.
Carreira dos participantes de outras temporadas
Ellen Oléria
Participante e vencedora da primeira edição do The voice Brasil, logo após sair do programa, em 2013, a artista lançou o disco Ellen Oléria pela Universal Music. No ano passado, a cantora lançou o terceiro álbum, Afrofuturista. Neste ano, rodou o país com o espetáculo L, o musical ao lado de Elisa Lucinda e grande elenco.
Sam Alves
Considerado um dos representantes do DF por ter estudado na Escola de Música de Brasília (EMB), o cantor foi o vencedor da segunda edição. A vitória garantiu o lançamento de um disco em 2014 pela Universal Music. Em 2015, Sam assumiu um lado mais pop no álbum ID.
Brícia Helen
A brasiliense participou da quarta edição do The voice Brasil e chegou até a semifinal. O lado bastante pop da brasiliense fez com que ela se destacasse na internet. A participação garantiu mais shows em Brasília e, neste ano, a artista lançou um clipe em parceria com Fernando Ribeiro, a faixa Busco da fonte.
Gabriel Correa
Participante da quinta temporada, o sertanejo aproveitou a vida pós-The voice fazendo shows na cidade nas principais boates e também em outras cidades. Em seu perfil oficial no YouTube, aposta em vídeos covers de sucessos do sertanejo, como Meu melhor lugar (Fernando & Sorocaba) e Medo bobo (Maiara & Maraísa).