Anitta lançou nesta segunda-feira (18) o videoclipe Vai malandra, último de seu projeto Check Mate. Com imagens gravadas no Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, a produção conta com looks ousados e a participação dos brasileiros MC Zaac, DJ Yuri Martins, Tropkillaz e o rapper norte-americano Maejor.
Diferentemente das outras músicas que integram o projeto de Anitta - cuja ideia era lançar um clipe por mês a partir de setembro -, Vai malandra remonta as origens da cantora e traz a ideia por trás do ;funk ousadia;, com lírica baseada no erotismo e de conotação sexual. Vai malandra ainda possui letras com partes em inglês e português.
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Anitta fez sucesso no Brasil cantando funk melody, subgênero que possui letras mais suaves e batida lenta e eletrônica. Seu primeiro sucesso, Show das poderosas, lançado em 2013, segue esta lógica estilo e foi um divisor de águas na carreira da artista. Desde qur surgiu, Anitta lançou um disco autointitulado, Ritmo perfeito (2014) e Bang (2015).
A música encerra o ano de Anitta que começou com o lançamento da música Você partiu meu coração, parceria com Nego do Borel e Wesley Safadão. Em abril, Anitta lançou a parceria internacional Switch, com a rapper australiana Iggy Azalea. Um mês mais tarde, ela se aventurou pelo reggeaton com Paradinha, música em espanhol com clipe gravado em Nova York.
A partir do início do projeto Check Mate, Anitta lançou as músicas Will I see you, com Poo Bear, em uma pegada mais melódica com base na bossa nova e na música romântica. Com o DJ sueco Alesso ela lançou Is that for me. O clipe, que teve como cenário a floresta amazônica, traz Anitta se divertindo ao som da música eletrônica. O último lançamento, Downtown, foi gravado com o colombiano J Balvin, sucesso da música internacional com o hit Mi gente.
CENSURA
Em uma das cenas do clipe, a cantora aparece sentada em uma moto com a placa amarela com os dizeres ;;ANT 1256;; em destaque. O número em questão se refere ao projeto de lei que quer criminalizar o funk no Brasil, proposto pelo empresário paulista Marcelo Alonso, encaminhado à CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa) com 20 mil assinaturas favoráveis.
Defensora do funk como expressão da cultura brasileira, Anitta já havia se indignado com a proposta e se pronunciado sobre o assunto. "O funk ajuda uma parte da sociedade que não tem oportunidade de nada. Eu vim da favela e não é todo mundo que consegue, assim como eu. Para você ter uma vida diferente dentro do que está naquele espaço, não tenho palavras para descrever, mas não tem oportunidade. Um funkeiro hoje, que canta em um baile de favela, ele consegue gerar emprego para ele, para o motorista, para o DJ, o produtor, duas bailarinas e para o empresário. São no mínimo sete pessoas trabalhando e ganhando dinheiro com o funk", disse ela durante participação no Programa do Bial.
"Tá tudo ok com o Brasil já? Achei que tivesse coisa mais séria para se preocupar do que com um ritmo musical que muda a vida de milhares", escreveu, em seu Twitter. E também mandou recado: ;;Não mexe com quem tá quieto. Ou melhor, não mexe com quem tá se virando pra ganhar a vida honestamente diante de tanta desigualdade;;.