Los Angeles, 2019. Os outdoors e as luzes de neon tentam, mas não escondem a decadência de vielas escuras e repletas de ódio e violência. Devastação, chuva ácida, a terra definha enquanto robôs, à nossa imagem e semelhança, exploram a possibilidade de vida em outros planetas. Fortes, os replicantes (como são chamados os androides) se rebelam e passam a ser caçados.
[SAIBAMAIS]
É disso, e de outras temáticas profundas e complexas, que trata Blade runner, o clássico de 1982 dirigido por Ridley Scott. Influenciador e cultuado com uma das obras-primas da ficção-científica distópica no cinema, atmosfera do longa retorna hoje aos cinemas, falando de um outro futuro (trinta anos depois do original).
Em Blade runner 2049, o lugar de Ridley Scott é ocupado por Denis Villeneuve (do elogiado A chegada). O ator Harrison Ford segue como protagonista e ganha a companhia de Ryan Gosling, Robin Wright e Jared Leto entre as estrelas do elenco.
Villeneuve contou, em entrevistas sobre o longa, que pediu a benção de Ridley Scott antes de começar a produção. Ele queria ter certeza de que o criador estava de acordo com a volta. Villeneuve também foi avaliado por Harrison Ford, o eterno protagonista de Blade runner.
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;Se não me engano, nos estágios iniciais de concepção do roteiro, Harrison já havia sido contatado. Como ele disse sim, a narrativa seguiu seu curso de produção. Afinal de contas, não existiria Blade runner sem Ford. Então, ele já estava lá antes de mim e quando eu concordei em dirigir o script, tive que conhecer Ridley, para saber se ele me aceitaria no cargo de direção. Depois disso, eu fui conhecer Harrison, para que ele fizesse um raio-X de mim e ter a certeza de que tinha sua aprovação para embarcar no projeto;, contou Villeneuve.
Assim como no projeto original, a angústia diante das dúvidas da criação e do que torna ou não alguém humano estão presentes no novo filme. Outros androides, mais eficazes e tecnológicos, assumem a missão de perseguir os antigos robôs, que podem trazer defeitos como rebeldia e insubordinação.
Os novos replicantes são um projeto de um empresário milionário interpretado por Jared Leto. Um deles, vivido por Ryan Gosling, será o responsável por tentar entender sua essência e, no fim das contas, começar a se rebelar contra aquilo para que foi programado.
Avaliação
Sempre que alguém (ou um estúdio) se arvora a resgatar um clássico, o primeiro sentimento que surge é a desconfiança. Com Blade runner 2049, não foi diferente. Muita gente torceu o nariz para a novidade e duvidou que Villeneuve fosse capaz de fazer algo à altura do original.
O longa, no entanto, parece ter quebrado o medo. A opinião, praticamente consensual, é de que Blade runner 2049 é tão bom quanto o primeiro e que Villeneuve honrou o legado deixado por Scott com a nova produção.
Para muitos críticos, o filme é um dos destaques de 2017. No site Metacritic (que reúne avaliações diversas), o longa conseguiu a média de 85 pontos (numa escala que vai até 100). O original, para título de comparação, recebeu a avaliação de 89 pontos.
Outras estreias
Aproveitando a onda de nostalgia que promoveu o retorno de bandas adolescentes como Rouge e Br;Oz, o longa nacional Chocante chega aos cinemas hoje com a história de uma boy band dos anos 1990 que resolve voltar aos palcos 20 anos depois.
O grupo que também se chama Chocante é composto por Téo (Bruno Mazzeo), Tim (Lucio Mauro Filho), Tony (Bruno Garcia) e Clay (Marcus Majella) e volta depois de um encontro inesperado armado por fãs. Eles ficaram marcados por um único hit, Choque de amor.
Com a orientação de um empresário (interpretado por Tony Ramos), eles recrutam mais um membro para a banda. O novo integrante, Rod (Pedro Neschling), foi vencedor de um reality show.
Também chegam às telonas...
- Churchill
- 150 miligramas
- Pica-pau
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