Adriana Izel
postado em 03/07/2017 07:30
No ano passado, os músicos Vitor Isensee (teclado e voz), Nicolas Christ (bateria) e Danilo Cutrim (guitarra e voz) criaram a banda Braza. O projeto surgiu após os artistas encerrarem o antigo grupo, Forfun, depois de 14 anos de trajetória. ;O que nos levou a encerrar o Forfun foi justamente o momento artístico que estávamos vivendo. O Forfun cumpriu seu papel, a gente se sentia esgotado naquela plataforma, naquele conceito. Somos muito gratos e temos orgulho, mas sentíamos necessidade de começar algo novo;, comenta Vitor ao Correio.
No grupo Braza, o trio teve a oportunidade de explorar outras sonoridades. A banda tem como pilares a música jamaicana e todas as suas vertentes (ragga, dance hall, trap, entre outros), a fusão entre rap e reggae, e a música brasileira. ;Temos um leque de influências que é verdadeiramente grande. Vai da música brasileira mais lado B até o pop americano. Tentamos fazer uma mistura de referências externas, que é algo que não é nenhuma novidade, por exemplo, o Chico Science já fazia há anos;, completa o cantor.
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Essa mistura de influências está bastante visível no mais novo álbum da Braza, o CD Tijolo por tijolo, o segundo da carreira. Com 10 faixas, o material abre com a canção Ande, que une batida eletrônica com o reggae e uma letra com mensagem atual e social. O disco tem ainda afrosamba e o groove característico dos grupos de sound system, como na faixa-título Tijolo por tijolo. ;Nosso trabalho sempre foi muito autoral e de um processo bem coletivo. Sempre tentamos chegar ao meio termo;, afirma Vitor Isensee.
O nome do material, inclusive, representa bastante a trajetória do grupo criado em 2016. ;De certa forma, Tijolo por tijolo sintetiza a ideia do disco e do conceito do Braza denotando edificação e construção. E ainda tem um duplo sentido secundário, sendo uma referência a um termo usado na cultura sound system e do reggae;, explica.
Carreira solo
Conhecido pelos seis anos em que esteve na banda Fresno, o músico Esteban Tavares está de trabalho novo. É o álbum Eu, tu e o mundo, o terceiro da carreira solo. No material, Esteban apresenta 14 faixas, quatro regravações (Chacareca de saudade, Muda, Tango novo e Pra ser) e o restante de inéditas.
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O álbum reúne diferentes sonoridades, que vão do tango, a exemplo de Noites de Berlim, até o pop mais melódico, como Primeiro avião. Em relação às temáticas, as composições autorais de Esteban tratam de amor e frustrações. O CD tem sido apontado como o melhor entre os três já lançados por Esteban.
Tijolo por tijolo
De Braza. Deck, 10 faixas. Disponível nas plataformas digitais.
Eu, tu e o mundo
De Esteban Tavares. Sony Music, 14 faixas. Disponível nas plataformas digitais.