;O jazz sempre esteve no Brasil. Nós temos nossa qualidade e ele sempre teve mercado aqui, com grandes músicos muito prestigiados;, afirma Toninho Horta. O mineiro, um dos mestres do jazz brasileiro e da MPB, estará na capital para lançar songbook e tocar canções clássicas da carreira.
O músico bateu um papo cheio de história ; e música ;com o Correio, sem deixar de lado as novidades da carreira, que fez questão de sempre manter reciclada. ;O songbook foi um trabalho que aconteceu naturalmente, é uma maneira de deixar registradas as minhas composições;, explica.
O livro, que teve o primeiro lançamento no último dia 23, em Belo Horizonte, reúne 108 partituras de composições e muita história. Mas Toninho deixa claro, para os mais detalhistas, que isso nem é todo seu trabalho: ;Olha, isso é uma parte, eu já devo ter feito umas 200 músicas, mas isso já basta para passar a mensagem que eu quero;.
Brasil e o mundo
Um dos pilares da aventura do Clube da Esquina ; que reuniu diversos gêneros musicais sob comando de Flávio Venturini, Lô Borges, Wagner Tiso e Milton Nascimento ;, Toninho é um instrumentista que conseguiu uma carreira consistente não só no Brasil, mas em plano internacional. Na década de 1980, o mineiro trabalhou pela primeira vez nos Estados Unidos. Segundo ele, a experiência foi positiva e, desde então, faz questão de transitar em vários países. ;Eu divido minha carreira entre o Brasil e o exterior. A cada ano, eu vou para outros países, são vários projetos, a gente vai se reinventando.;
Mais do que uma cópia norte-americana, Toninho vislumbra o jazz brasileiro como um gênero vivo e com história. ;O nosso jazz já teve partituras influenciadas pelo império, a música mais erudita. A partir dos anos 1980, o jazz teve mais espaços nos festivais. Hoje, acho que popularizou mais.;
Para a apresentação na capital, Toninho promete clássicos da carreira como Beijo partido e Aqui, Oh!, além da música símbolo da cidade: Céu de Brasília.
O show, que apresentará o songbook de Toninho, terá Oswaldo Amorim no contrabaixo; Misael Barros na bateria; e Renato Vasconcellos no piano. Toninho deixa um recado: ;Gostaria muito de convidar a todos, Brasília tem muita cultura musical, eu conheci a cidade em 1974 e estou muito feliz de retornar agora;.
*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco
Clube do Choro 40 anos
Clube do Choro de Brasília (Eixo Monumental: 3224 - 0559); Amanhã e sexta, às 21h. Ingressos: R$ 20 meia-entrada. Não recomendado para menores de 14 anos.