postado em 02/06/2017 18:55
![O livro](https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2017/06/02/599828/20170602191959910887e.jpg)
A vontade de contar histórias que fugissem do clichê turístico e de recuperar um pouco o lado histórico de Noronha se juntou a outro desejo do autor: escrever um romance policial. "Muito antes do jornalismo, sempre fui um grande leitor de romances policiais. Foi, talvez, o primeiro gênero literário que tenha me fisgado. Entre os 12 e 15 anos li toda a obra da Agatha Christie. Achava fascinante a questão dos mistérios;, conta.
Antes de entrar para a lista de desejos de viagem de brasileiros e de várias pessoas ao redor do mundo, Fernando de Noronha foi uma prisão para detentos políticos. Passaram por ali Miguel Arraes e Carlos Marighella. Com o tempo, como escreve Carlos Marcelo, a ilha foi de "Alcatraz a Havaí". "Eu tinha pesquisado um pouco e estava muito interessado nessa história de Noronha como presídio, essa história mais sombria;, conta o autor, que já foi editor de cultura e editor-executivo do Correio Braziliense. Hoje, Carlos Marcelo é diretor de redação do Estado de Minas, do mesmo grupo de comunicação.
Segundo o autor, Noronha, além de tudo, era o lugar perfeito para a ficção. "Quando estive em Noronha surgiu o insight de que a ilha representa uma possibilidade muito fascinante para um escritor de romances policiais. Um dos subgêneros mais celebrados do romance policial chama-se o ;crime do quarto fechado;, que é quando tem um cadáver num quarto fechado e fica aquele mistério: como alguém entrou para matar e como saiu? E pensei que podia transportar essa ideia para Noronha, que é um ambiente fechado por água por todos os lados;, explica.
Carlos, que ficou conhecido pela biografia Renato Russo ; O Filho da Revolução, vai lançar a obra nesse sábado (3/6), às 17h, na Livraria Cultura do Iguatemi (Lago Norte).
Presos no paraíso
De Carlos Marcelo
TusQuets Editores, 284 páginas.
R$ 39,90