Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Espetáculo homenageia Juscelino Kubitschek no Teatro Unip

A apresentação é nesta quinta e a entrada custa R$ 35, a meia-entrada



Juscelino Kubitschek, se estivesse vivo, diria com cada vez mais veemência a sentença de que não se enxergava como de direita ou de esquerda. Mirava para frente. No meio de uma descomunal crise ética e política, o país precisa relembrar-se dos tempos de glória do passado, e voltar a sentir esperança de que entrará novamente nos eixos. Este é um dos propósitos de JK, um reencontro com o Brasil, apresentação da cantora Glaucia Nasser que acontece hoje no Teatro UNIP.

O espetáculo homenageia os 40 anos da morte do ex-presidente JK e passa por todas as fases da vida: da infância até a morte. É a ;versão 2.0; de Uma noite com Juscelino, muito elogiado e apresentado em Diamantina (MG), São Paulo e Brasília no ano passado. O repertório passeia pelo cancioneiro que emocionava Juscelino. No palco, é acompanhada dos músicos Guiza Ribeiro (violões e guitarra), Fernando Nunes (baixo), Thiago Gomes (bateria), Felipe Roseno e Dalua (percussão), Jonas Moncaio (violoncelo) e Pedro Cunha (teclados e acordeom). A direção musical e os arranjos são de Paulinho Dáfilin.

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No espetáculo de 2016, JK aparece como uma figura inspiradora aos brasileiros. A atualização deste ano ; mais que música de raiz essencialmente brasileira, sem influência estrangeira nos arranjos ; surge para motivar o público a atravessar o momento frágil que o Brasil está vivendo.

;Somos brasileiros. Viemos de vários lugares e de várias formas. E o que faz a nossa genialidade é quando usamos essas diferenças a um propósito comum. Chega de direita e esquerda;, declara a cantora, sobre apresentação que é como um afago no país. ;A gente precisa da nossa memória, da nossa história, e confiar nelas. JK vem como uma ferramenta para irmos mais longe;, completa.

Faixas como Um índio (interpretada por Caetano Veloso) e Peixe vivo (cantiga pelo qual o presidente era encantado) dividem espaço com trechos de discursos originais. Foi montada também uma exposição multimídia com vídeo-instalação. Obviamente, um largo espaço é dedicado à construção da capital, obra monumental e inédita no mundo realizada em recordistas 1.111 dias.


JK, um reencontro com o Brasil
No Teatro UNIP (913 Sul, s/n;, Conj. B). Hoje, às 21h. Ingressos a R$ 70 (inteira), R$ 35 (meia) e R$ 20 (valor promocional para estudantes). Livre para todas as idades. Acesso para portadores de necessidade especiais.



A fundação
O projeto é indissociável da Fundação Brasil Meu Amor (FBMA), criada para abrir perspectivas e inspirar pessoas por meio da arte, cultura e educação. Presidida pelo professor e doutor francês Jean Obry, conta com livros, shows e palestras com intuito de devolver a autoestima da população brasileira. O nome é homônimo à publicação escrita por Obry em 2002. Em breve, ele lança Um grito no silêncio. ;Acreditamos que sem o JK não conseguimos resgatar o sentido de nação. É preciso ter feito grandes coisas no passado para que isso possa ser repetido no presente;, defende Glaucia Nasser, que integra a fundação.