Uma nação controlada por um governo opressor; ausência de privacidade; condições insuportáveis de vida; robôs tão perfeitos que podem ser facilmente confundidos com humanos. A distopia, corrente de ficção popularizada na literatura por George Orwell em 1984, adaptada por Michael Radford (O carteiro e o poeta), e por Leslie Libman, Larry Williams, em Admirável mundo novo, é tratada com frequência em produções cinematográficas. Ainda neste ano, chegam às salas de cinema filmes como O círculo, Blade Runner 2049 e The bad batch, todos ambientados em um universo antiutópico.
[SAIBAMAIS]
Sociedades distópicas foram marcadas nas telas pelos aclamados Metropolis, Laranja mecânica, Matrix, V de vingança e outros. Já nesta década, a vertente distópica voltou a ser pauta com a história de Katniss Everdeen e Peeta Mellark, em Jogos vorazes, e Tris Prior, na trilogia Divergente. Em setembro de 2016, ocorreu a estreia do filme ARQ, da Netflix.
Dados
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Em O círculo, estrelado por Emma Watson e Tom Hanks, uma corporação poderosa do ramo virtual conecta os e-mails dos usuários a vários detalhes das vidas deles, como as próprias compras. A felicidade que Mae Holland sente ao ser contratada pela empresa logo muda à medida que ela percebe o verdadeiro papel que tem lá dentro. O filme dirigido por James Ponsoldt (O maravilhoso agora) estreia no país em 22 de junho.
;Esse não é um futuro distópico situado em 2050 ou algo assim. Isso pode simplesmente acontecer amanhã. É um tipo de filme desconfortavelmente próximo sobre uma situação na qual podemos acabar nos encontrando facilmente, se não tomarmos cuidado;, declarou Emma Watson em entrevista à Entertainment Weekly. A atriz comentou sobre como a tecnologia resulta em avanços e em empoderamento, mas também faz com que uma enorme quantidade de informações seja acumulada. ;Informação é poder, ainda mais do que dinheiro;, completa.
Androides
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Com estreia no país em outubro e situado 30 anos após o filme original, inspirado no livro Androides sonham com ovelhas elétricas?, de Philip K. Dick, Blade Runner 2049 apresenta o policial K (Ryan Gosling) na condição de protagonista. A trama se desdobra quando ele desenterra um segredo antigo que põe a humanidade novamente em risco. Dirigida por Dennis Villeneuve (A chegada), a sequência tardia ao clássico de 1982 traz de volta Harrison Ford como Deckard e Edward James Olmos como o detetive Gaff, além de incluir Jared Leto como o possível antagonista Wallace. Em uma coletiva de imprensa, Ford contou que a volta de seu personagem ;traz contexto emocional e é bem costurada na história;.
Canibalismo
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A trama de The bad batch ocorre em uma terra dominada por canibais. Quando o predador se apaixona pela presa, uma distópica história de amor tem início. O filme - escrito e dirigido por Ana Lily Amirpour (Garota sombria caminha pela noite) - estreia nos Estados Unidos no próximo dia 23 e conta com Jason Momoa, Keanu Reeves, Jim Carrey e Suki Waterhouse no elenco. Ainda não há data definida para a exibição no Brasil.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco