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Uma das HQs mais sombrias do Homem-Aranha vira livro

Trama ' A última caçada de Kraven' mostra o herói sendo enterrado vivo e está entre as melhores do personagem

Breno Pessoa
postado em 25/04/2017 09:14
Fase mais
Uma das mais aclamadas histórias do Homem-Aranha, A última caçada de Kraven, publicada originalmente em 1987, ganhou uma nova versão, desta vez na forma de romance. O livro, que expande a narrativa da HQ escrita por J.M. Dematteis e desenhada por Mike Zeck, leva a assinatura de Neil Kleid, roteirista de quadrinhos.

Homem-Aranha: A última caçada de Kraven (Novo Século, 320 páginas, R$ 45) mostra o herói no confronto derradeiro com Sergei Kravinov, um aristocrata de ascendência russa tido como o maior caçador do mundo. Considerado um vilão de segunda linha, Kraven surgiu na edição número 15 da primeira série de HQs do personagem aracnídeo, escrita por Stan Lee e desenhada por Steve Ditko.

Capa do livro de Neil KleidAo contrário das histórias clássicas envolvendo o vilão, A última caçada de Kraven é uma das mais sombrias tramas de toda a história de Homem-Aranha. Nela, o caçador consegue finalmente uma vitória contra o vigilante mascarado, que é enterrado vivo, enquanto Kraven veste o uniforme do herói e sai combatendo o crime na tentativa de se provar superior à Peter Parker.

Uma curiosidade sobre o quadrinho, é que a premissa foi rejeitada inúmeras vezes antes da publicação. Inicialmente, a história foi pensada para uma minissérie de Magnum, personagem secundário da equipe dos Vingadores, da Marvel. A ideia foi retrabalhada por J.M. Dematteis e proposta para a DC Comics com roteiro para Batman. Na aventura, o Coringa é levado a acreditar que conseguiu matar o homem-morcego, enterrando-o. Após a vitória, o palhaço acaba recuperando a sanidade.

O plot foi descartado justamente por conta da proximidade da publicação de outra história envolvendo os dois personagens, a graphic novel A piada mortal (1988), escrita por Alan Moore e considera uma das mais importantes HQs de Batman. Pouco tempo depois, convidado para assumir a revista mensal do Homem-Aranha, Dematteis reaproveitou a premissa.

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