Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Festivais dão visibilidade momentânea a artistas do cenário alternativo

Já para se manter no mainstream, os músicos ainda enfrentam desafio

Assistir a uma edição do festival Lollapalooza é ser surpreendido por nomes de bandas e artistas desconhecidos do grande público. O motivo é que o evento ficou tradicionalmente marcado por refletir o cenário alternativo. Esse era o objetivo quando o festival surgiu em 1991, criado pelo cantor Perry Farrell, integrante da banda Jane;s Addiction.

Desde a primeira edição no Brasil, em 2012, o Lollapalooza apresentou ao país artistas internacionais da cena underground. Levantamento do site IG mostrou que ,na edição de 2017, das 46 atrações do festival, 85% eram artistas e bandas que não estão no mainstream.

Mas onde estão as bandas e artistas internacionais que se apresentaram nas seis edições nacionais? É isso que o Diversão & Arte mostra. Lembre atrações que passaram pelo Brasil, ganharam visibilidade com o festival, mas, não chegaram ao mainstream e se mant;em no cenário underground.



Gary Clark Jr.
O guitarrista de blues-rock foi diversas vezes comparado a Jimi Hendrix e teve seu álbum de 2011 figurando na lista dos melhores segundo a Rolling Stones, mas nunca atingiu o estrelato. No Lollapalooza esteve na edição de 2013. Em março deste ano, lançou o vídeo da faixa Our love, canção do álbum Live/North America 2016, do ano passado.

TV on the Radio
A banda de indie rock foi criada em 2001, em Nova York, e tem uma sonoridade experimental com influências do free-jazz, hip-hop e música eletrônica. O grupo esteve na primeira edição do Lollapalooza no Brasil. Naquela época, aproveitava o lançamento do álbum Nine types of light (2011). Desde então, o mais recente trabalho é Seeds, de 2014. A banda continua fazendo shows nos Estados Unidos.

The Flaming Lips
Uma das atrações de 2013 do festival, a banda foi formada em Oklahoma City e logo se tornou conhecida no cenário do rock alternativo norte-americano. O grupo veio com a turnê de The Flamings Lips and Heady Fwends, de 2012. Neste ano, lançou o álbum Oczy melody, que os garantiu como atração do festival Glastowbury, ao lado de alguns nomes que passaram pelo Lollapalooza, como Foo Fighters, The XX, Major Lazer e Alt-J.

Puscifer
A banda, que tocou em 2013 no Lolla, é uma espécie de trabalho solo do norte-americano Maynard James Keenan. Ele é o único membro fixo do projeto que muda constantemente de integrantes. O grupo foi lançado em 1995 e representa o rock alternativo dos EUA. Tem no currículo três álbuns de estúdios. Há dois anos lançou Money shot.

Peaches
Em sua participação no Lollapalooza de 2012, Peaches prometeu voltar no ano seguinte. Isso não aconteceu. A controversa artista canadense costuma causar devido a aposta na temática sexual em suas canções, tocadas no ritmo de electroclash. Desde então, lançou apenas um álbum Rub, de 2015.

The crystal method
O duo norte-americano de música eletrônica é formado por Ken Jordan e Scott Kirkland. Também estiveram no Lollapalooza de 2012. Apesar de não terem a mesma repercussão de Fatboy Slim, a dupla é pioneira no estilo big beat. É responsável por diversas trilhas sonoras e algumas colaborações, como com a banda LMFAO. O mais recente álbum é The crystal method, de 2014.

Baauer
Dono do hit Harlem shake, o DJ foi uma das atrações do Lollapalooza de 2014. Dois anos depois do evento, lançou o primeiro álbum de estúdio, Aa, pela gravadora LuckyMe. Mas o estadunidense fica mesmo é atrás dos palcos, produzindo artistas dos Estados Unidos.

Portugal. The Man
Mais uma representante do indie rock alternativo e psicodélico que passou pelo Lollapalooza na edição de 2014, a banda foi criada em 2004 no Alaska. Durante alguns anos, o grupo usava o rótulo de independente até assinar com uma gravadora. Neste ano, lançaram o material Woodstock, que tem o single Feel It still.