Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Phill Veras e diversos artistas autorais se apresentam no Brasília Sessions

O mini-festival acontece amanhã, no Teatro Plínio Marcos da Funarte

Para fomentar a conexão do público brasiliense com artistas autorais, acontece o mini-festival Brasília Sessions, que já está em sua sexta edição. "O evento surgiu pelo entendimento que a gente, como músico, tem dessa carência que existe de incentivo à música autoral em Brasília", explica Marcella Imparato, uma das organizadoras. São três horas seguidas de shows, com participações do maranhense Phill Veras, do brasiliense Renato Gurgel e das bandas Marrakitá, Ellefante e Cachimbó.

Desde o seu primeiro trabalho, o EP Valsa e vapor, (2012), Phill Veras vem encantando o público brasileiro como parte da nova geração musical do país. Em 2013, ele lançou o disco Gaveta, que foi sucedido por Carpete no ano seguinte. Nesse meio tempo, o cantor tocou no palco Sunset do Rock in Rio e se apresentou em várias cidades. O terceiro álbum conta com a música Sorriso ao sono, que teve mais de 960 mil reproduções no Spotify.

"Uma mistura de todos os álbuns que lancei", assim o maranhense define o show que acontece amanhã. Ele começou a turnê com voz e violão no meio de 2016, que evoluiu e agora tem a presença do guitarrista André Luís. Pela primeira vez em Brasília, o músico conta que está ansioso e tem acompanhado a movimentação do público desde os pedidos do show.

Sobre tocar em um evento como o Brasília Sessions, Phill conta que é "importante e inexplicável a troca de energia que acontece entre público e artista". "E compartilhar o palco com outros artistas é dobrar a troca, dobrar a mágica", completa. Em relação a projetos futuros, o cantor adianta: "Estou pré-produzindo um disco em casa. Quero lançar ainda neste ano, mas também não estou com pressa. A criatividade ainda ronda o quarto".

A dupla Marrakitá surgiu em 2013 e conta com dois discos lançados, o Ao vivo em casa (2014) e o Coisas selvagens (2015) - o segundo está disponível no Spotify. "A gente, desde o começo, quis que nosso som fosse uma mistura não só de ritmos e gêneros, mas também de outras vertentes da arte. De tal modo, conseguimos reconhecer no nosso som referências do jazz e da música eletrônica, bem como do cinema e das artes visuais", conta o vocalista, tecladista e guitarrista João Pedro Mansur, que é acompanhado de Marcos dos Santos (bateria e voz) na formação. O novo single, Santuário, foi lançado em fevereiro pela página do Facebook do grupo.
Formado por Fernando Vaz (vocal e guitarra), Adriano Pasqua (baixo) e João Dito (bateria), o trio Ellefante se apresenta ao público desde setembro. Uma das propostas das músicas é falar do cotidiano de modo sensível. "Foi a junção de afinidades e vontades de querer fazer algo diferente, em um momento que a gente está sentindo que o cenário está tão positivo, livre e solto. Existem tantos assuntos importantes para se trabalhar agora, a quebra de tantos tabus", conta o vocalista sobre o surgimento do grupo. O lançamento do primeiro álbum da banda está previsto para agosto deste ano.

Edições anteriores
O Brasília Sessions, desde a primeira edição, que aconteceu em novembro de 2015, contou com a participação de diversos nomes - locais, nacionais e internacionais. Entre eles, marcaram presença o português Jimi Jah, o canadense Jesse Rivest, as bandas O Tarot e Astronauta e Seus Amigos e os cantores Lucas Pitangueira e Beatriz Águida. "É um evento de apaixonados por música para apaixonados por música, mas não é só um show. A ideia é criar uma experiência musical para a galera", declara Marcella Imparato.

Duas perguntas
Phill Veras

Como você avalia o papel da internet na produção e divulgação da música autoral?
Para mim, é importantíssimo. A internet é o meu escritório. Foi onde tudo começou e onde acontece boa parte da movimentação daquilo que produzo. É a maior e melhor vitrine para divulgação de música autoral.

Quais são as suas influências musicais e para compor?
Costumo dizer que, se não fosse pelo Nirvana, eu nunca teria me tornado um músico. Também sofri influência direta do meu pai, que é um grande apreciador de música de todos os gêneros. Roubei muitos discos da coleção dele. Me amarro no Caetano, na Cyndi Lauper, nos Beatles. O que me inspira para compor é tudo aquilo que eu vivo e um bom violão.