O nome Lary pode soar novo. Mas a carioca que leva o nome artístico está há algum tempo no mundo da música, porém sob outra alcunha. Em 2015, Laryssa Goulart, como era conhecida na época, gravou um trabalho na gravadora de Rick Bonádio, Minas Music. O material ficou marcado por um lado mais romântico e rendeu à artista uma música na trilha sonora da novela Carinha de anjo, a faixa O amor não avisa ninguém.
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[SAIBAMAIS]Mas isso tudo é passado na carreira da cantora, que agora está em nova fase sob o nome de Lary. "Gostei, tenho um carinho por aquele material. Mas não me identifiquei com ele. Achei que eu precisava de um amadurecimento artístico, então parti para um trabalho independente", conta Lary em entrevista ao Correio.
Assim a cantora começou a trabalhar no EP Salto 15, que chegou neste ano às plataformas digitais. O mterial é marcado por uma sonoridade pop similar a de artistas como Anitta e Ludmilla, com influências do funk. "Comecei a cantar o pop-funk. É um material mais pop, mais dançante. Também tive um cuidado maior no processo criativo", revela. Das cinco faixas, todas foram compostas por Lary. "Fiquei bem próxima para que ficasse a minha cara", explica.
O primeiro single do EP foi Match. A repercussão foi tímida. O clipe teve menos de 50 mil visualizações no YouTube. No entanto, ao lançar a faixa-título do material, Salto 15, a cantora viu uma mudança. O clipe teve mais de 830 mil visualizações. "Tem sido uma boa repercussão porque começamos um trabalho do zero. Estamos no início. É claro que existem críticas, algumas construtivas, que levo como aprendizado", analisa.
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Duas perguntas // Lary
Como aconteceu o seu envolvimento com a música?
Na verdade, eu canto desde pequena em karaokê. Eu tinha em casa. Assim fui pegando amor pela música. Desde criança eu pedia para cantar em barzinhos e restaurantes. Todo mundo esperava uma música infantil e eu cantava Marisa Monte e Elis Regina, que eram as artistas que eu ouvi. Como todo mundo sabia que eu adorava cantar sempre me chamavam para shows. Uma vez fui muito aplaudida e naquele dia eu percebi que queria levar a música a sério. Não queria que fosse apenas um hobby. Mas mesmo assim me formei, fiz engenharia de produção e levava as coisas paralelamente.
O gênero pop tem conseguido bastante espaço no Brasil. Como você vê isso?
Está crescendo cada vez mais. A minha concepção é que o pop é um estado musical, não um estilo. Artistas de diferentes gêneros hoje são considerados pop, como o Luan Santana, que é do sertanejo; a Anitta, que veio do funk; e a Ivete, do axé. Acho que é uma mistura que só tende a crescer.